Antes de conquistar notoriedade no “BBB21”, Gilberto Nogueira, o Gil do Vigor, integrou a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, onde serviu como missionário durante dois anos. Na ocasião, acreditava que a experiência religiosa poderia ajudá-lo a “curar” sua homossexualidade.
“Durante a missão, eu me reprimia. Negava quem eu era. Achava que, por ser missionário, fosse ser ‘curado’. Como se homossexualidade fosse uma doença. Era algo que me dilacerava profundamente”.
A controvérsia teve início no domingo (27), quando o economista compartilhou um vídeo de jovens missionários mórmons em sua conta no X, elogiando a dedicação deles ao trabalho religioso.
“O que esses rapazes fazem é MISSÃO e eu também FIZ! Muitos deixam casa, conforto e FAMÍLIA pra servir ao próximo por DOIS ANOS. Para muitos, como eu, a missão é algo sagrado e eu tive o privilégio de receber a visita do SALVADOR durante meu serviço missionário. Ninguém é obrigado a acreditar ou gostar, mas calma aí galera com os comentários!”.
Reações negativas nas redes
Entretanto, a publicação recebeu ampla rejeição por parte de internautas, que criticaram severamente o apoio do ex-BBB à instituição religiosa. Usuários apontaram supostos ensinamentos discriminatórios da igreja sobre raça, orientação sexual e gênero.
Um deles escreveu: “Imagina defender uma religião que fala que as pessoas são negras só porque são descendentes de Caim, ‘o irmão mal’ de Abel” . Outro comentou: “Religião de merda misógina, racista e homofóbica. Fez missão porque era um lavado cerebralmente”.
Posicionamento diante das críticas
Diante da repercussão, Gil do Vigor decidiu se manifestar novamente na noite de segunda-feira (28), alegando estar sendo vítima de ataques injustos e de um “linchamento virtual”. Em sua defesa, enfatizou sua vivência e pediu compreensão sobre o contexto da missão religiosa.
“APROVEITE! Se é o que te faz feliz, me ver sendo ‘linchado’, tudo bem. Eu sou um GAY, NORDESTINO, que erra, pois não sou perfeito, mas NESTE CASO, mesmo sabendo o que já passei, NÃO ESPEREM QUE EU NEGUE O QUE EU VIVI. Eu fui MISSIONÁRIO POR 2 ANOS e eu não desrespeitei ninguém, apenas falei pra moderarem no que falam”.
Repercussão e reavivamento de conflitos internos
A defesa pública de Gil reacendeu questionamentos sobre sua trajetória pessoal e os conflitos enfrentados durante a convivência com os princípios religiosos mórmons.
A fala trouxe à tona dilemas já expostos por ele durante sua participação no reality show, em especial o processo de aceitação da própria identidade em meio a convicções doutrinárias que o afetaram emocionalmente.