Jordi Mestre, vice-presidente do Barcelona entre 2015 e 2019, afirmou que Neymar estava destinado a herdar o protagonismo deixado por Messi no clube catalão. Em entrevista ao Sports360, o ex-dirigente declarou que a transferência do brasileiro ao PSG em 2017 causou surpresa até mesmo entre jogadores do elenco.
Segundo Mestre, Neymar era visto internamente como o sucessor natural de Messi. O ex-dirigente revelou que nem mesmo os colegas de elenco sabiam da decisão. Ele citou como exemplo um episódio envolvendo um atleta influente do elenco, que teria dividido a mesa com brasileiro no casamento de Messi e não foi informado sobre a possível saída.
“Sinto muito que não tenha dado certo, porque ele era um jogador extraordinário. Ele deveria ter sido o sucessor de Messi. Na época, nem os jogadores sabiam. Conversei com um jogador muito importante, e ele me disse que eles tinham ido ao casamento de Messi e que ele estava à mesa com o Neymar, e nunca disse que estava saindo”, afirmou Mestre.
A transferência de Neymar para o PSG aconteceu em agosto de 2017 e permanece, até hoje, como a mais cara da história do futebol. O clube francês desembolsou € 222 milhões (cerca de R$ 812 milhões à época) para pagar a cláusula de rescisão do contrato do atleta com o Barcelona.

Saída de Messi e atritos com Laporta
Durante a mesma entrevista, Jordi comentou também a saída de Messi em 2021. O ex-vice-presidente revelou que a família do jogador não superou a forma como o desligamento ocorreu e apontou mágoas em relação a Joan Laporta, presidente do clube no período.
“Tudo o que fizermos por Messi será muito pouco. Ele ganhava um bom salário, mas rendeu muito dinheiro ao clube. Houve jogadores que vieram porque queriam estar ao lado dele, estrelas de classe mundial. Sei por terceiros que Messi e sua família estão muito bravos com Laporta”, relatou.
A saída de Messi marcou o fim de uma era no clube catalão. Ídolo máximo da história do Barcelona, o argentino se transferiu para o Paris Saint-Germain após o clube não conseguir renovar seu contrato, devido a limitações financeiras e regras da La Liga sobre teto salarial.


