O atacante Hulk, capitão do Atlético-MG, fez um forte desabafo após o episódio de injúria racial sofrido por seu companheiro Caio Paulista na partida contra o Atlético Bucaramanga, na Colômbia, pela Copa Sul-Americana. A partida terminou com vitória do Galo por 1 a 0, mas o episódio negativo manchou a festa da equipe.
“Cara a gente fica triste, porque não adianta a gente bater de frente, brigar, fazer campanha contra o racismo, no início da partida ali fazer um minuto de silêncio. É triste, é frustrante pra gente que luta”, declarou Hulk, evidenciando a frustração por enfrentar essas situações mesmo após diversas campanhas de conscientização da Conmebol.
Reforço na punição: Hulk pede medidas duras contra atos racistas
Além disso, o camisa 7 ressaltou a necessidade de punições mais severas para coibir atitudes racistas. “A punição tem que ser mais severa pra que isso não aconteça mais. Porque você sair de casa para trabalhar, para dar o teu melhor pelo seu clube e ser recebido dessa forma é triste”, disse Hulk, que também deixou claro o compromisso em apoiar o colega: “Eu compro uma briga porque é um companheiro nosso.”
Sendo assim, a mensagem do jogador é clara: o racismo precisa ser combatido com rigor para que episódios como esse deixem de existir nos estádios.
Atlético-MG reage oficialmente e caso ganha desdobramentos
Com isso, o Atlético-MG não deixou o caso passar em branco. O clube registrou boletim de ocorrência e comemorou a prisão do torcedor responsável pela injúria. Em nota oficial, o Galo lamentou o ocorrido: “Essa situação é revoltante e precisa acabar de uma vez por todas! Até quando teremos que conviver com esse absurdo? Até quando?!!! Força, Caio. Estamos com você!”.
Vale destacar que, durante o intervalo do jogo, mensagens contra o racismo foram transmitidas no estádio, conforme protocolo da Fifa. Apesar disso, o episódio aconteceu e reforça a importância de ações ainda mais efetivas.
Dessa maneira, o episódio serve de alerta para a necessidade de mobilização constante contra o racismo no futebol sul-americano, porque só assim esse tipo de agressão poderá ser erradicada.