Apesar de não ter sido inicialmente planejada pela diretoria do Atlético-MG, a saída de Rubens foi confirmada na janela de transferências do meio do ano. Revelado pelas categorias de base do clube, o meio-campista de 22 anos acertou sua transferência para o Dínamo de Moscou, da Rússia. A negociação foi fechada por 10 milhões de euros, aproximadamente R$ 64 milhões, com o Galo mantendo 15% dos direitos econômicos do jogador visando uma venda futura.
O anúncio da venda ocorreu oficialmente na terça-feira (30 de julho), após um período de intensas conversas entre as partes. Conforme explicou o executivo de futebol do clube, Paulo Bracks, o processo foi marcado por impasses e avanços. A proposta oficial do Dínamo chegou ainda no mês anterior, o que levou a comissão técnica a retirar o jogador da delegação que viajou para a Colômbia, onde o time enfrentaria o Bucaramanga pela Copa Sul-Americana.
Segundo Bracks, as tratativas foram longas e exigiram firmeza por parte do Atlético-MG. “Foi um pouco mais difícil mesmo a negociação, por vários motivos. Mas a negociação foi e voltou algumas vezes. Em um dado momento, a gente achou que ia precisar sair da mesa, porque as condições estabelecidas não estavam sendo atendidas”.
A diretoria atleticana resistiu à ideia de negociar Rubens neste momento, mas acabou cedendo após a oferta russa atingir os parâmetros exigidos. “Não estávamos dispostos a vender ele. A gente fez as exigências, que foram aos poucos sendo atendidas. Fizemos uma negociação dura com eles. Acabou arrastando um pouco mais, mas ele viajou, já se apresentou”.
Enquanto Rubens deixa a equipe, o Atlético-MG se mantém ativo em outras frentes. Atualmente, o clube ocupa a décima colocação no Campeonato Brasileiro com 27 pontos em 18 rodadas. Na Copa do Brasil, venceu o Flamengo por 1 a 0 no Maracanã, e chega com vantagem para o duelo de volta das oitavas de final.
Aliás, nos bastidores, a diretoria também se movimenta a fim de reforçar o elenco para o restante da temporada. Conforme revelado, foram pelo menos 15 dias de reuniões e encontros para concluir a venda de Rubens, indicando que o clube pretende agir com cautela na montagem do grupo.
Por fim, embora tenha sido uma decisão difícil, a transação é vista internamente como estratégica. O valor arrecadado pode contribuir para o equilíbrio financeiro e, sobretudo, abrir espaço para reposições pontuais dentro do elenco comandado por Gabriel Milito.
