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A declaração de Rogério Ceni sobre participação dos brasileiros no Mundial

Ceni projeta evolução do Bahia e elogia clubes brasileiros no Mundial: "Caminha para ser o maior da história"

Rogério Ceni tem desempenhado papel central na transformação recente do Bahia, clube que assumiu em setembro de 2023. Desde então, já figura entre os técnicos com mais partidas à frente da equipe. Sob seu comando, o Tricolor passou de uma luta contra o rebaixamento para a disputa de competições continentais, como a Libertadores, além de se manter competitivo em torneios nacionais.

A trajetória positiva é reflexo de uma gestão integrada com o Grupo City e do foco em estrutura. O técnico celebrou a construção de um novo centro de treinamento como passo essencial para consolidar o clube em patamar mais alto. Conforme ele próprio afirmou, o novo espaço facilitará o desenvolvimento de atletas da base, além de proporcionar melhores condições para o trabalho cotidiano do elenco profissional.

(Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia)
(Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia)

“Quem levou o Bahia foram os jogadores, pela dedicação, propósito. A gente só é parte do processo, ideias de jogo, como jogar. Mas execução é feita por eles. Para mim, o que importa é que o Bahia caminha a passos largos para ser o maior e melhor Bahia de toda a sua história”.

Atualmente, o Bahia está envolvido em quatro frentes simultâneas: Copa do Nordeste, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Copa Sul-Americana. Segundo o treinador, essa fase exige equilíbrio emocional e físico do elenco. Ceni mencionou a dificuldade de manter padrão de jogo diante de um calendário apertado e mudanças frequentes no time titular.

“Este ano, o que tem de melhor é que a gente tem um número maior de jogadores que está jogando, uma minutagem melhor distribuída, mas é um calendário dificílimo para você se manter bem em todas as competições”.

Na mesma linha, Ceni abordou o papel das categorias de base, destacando que jovens jogadores têm recebido oportunidades no elenco principal. Ele acredita que formar atletas e mantê-los por um período antes de negociá-los com o exterior é o único modelo sustentável no futebol brasileiro.

O treinador também comentou sobre o desempenho dos clubes nacionais no Mundial de Clubes. Para ele, Palmeiras, Flamengo, Botafogo e Fluminense elevaram o nível do futebol brasileiro ao se apresentarem de forma competitiva, mesmo diante de adversários de maior poder econômico. Em especial, ele avaliou que o Fluminense poderia ter superado o Chelsea na semifinal.

“Acho que o Fluminense poderia vencer o Chelsea. O Fluminense foi muito competitivo, assim como o Botafogo, o Flamengo, que deu azar e caiu no lado mais difícil. O Palmeiras, todos foram para a fase de mata-mata e engrandeceram o futebol brasileiro”.

Além disso, Ceni também recebeu elogios de Ferran Soriano, executivo do Grupo City, em momentos críticos da temporada passada, algo que ele considera fundamental para a continuidade do projeto no clube baiano. Ainda que reconheça o desejo de trabalhar um dia na Europa, o técnico declarou estar comprometido com seu contrato no Bahia, válido até 2027.

“Eu já falei que eu sou muito grato ao Ferran [Soriano] por, no momento mais difícil no ano passado, ele vir aqui [e defender o trabalho]. Isso é uma gratidão”.