terça-feira, novembro 4, 2025
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Botafogo ganha prêmio internacional

A campanha “O Patrocínio que Ninguém Viu”, promovida pelo Botafogo em parceria com o Instituto Melanoma Brasil, conquistou o ouro no Lisbon Ads Awards, premiação internacional que reconhece projetos de comunicação com impacto social.

A iniciativa utilizou a visibilidade do futebol para alertar sobre os riscos do melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele. 

Ao longo de 12 partidas da temporada, o clube carioca entrou em campo com um pequeno detalhe quase imperceptível: uma mancha escura estampada na parte de trás da camisa, próxima ao número dos jogadores.

O sinal passou despercebido por torcedores, comentaristas e até pelos próprios atletas — uma metáfora direta à forma silenciosa e invisível com que o melanoma costuma se manifestar.

Patrocínio do Botafogo que concedeu o reconhecimento (Foto: Divulgação)

Ideia simples, mensagem profunda

A ação só foi revelada ao público após o último jogo da série. Por meio das redes sociais, o Botafogo divulgou a hashtag #SeLigaNasCostas, explicando o objetivo da mancha e incentivando o check-up preventivo de pele.

“12 jogos com essa mancha na camisa do Botafogo e você não viu. O melanoma também se esconde. Faça um check-up de pele”, escreveu o clube nas redes.

Pedro Souto, diretor de Marketing do Botafogo, destacou a eficácia da campanha em gerar impacto social.

“Nosso objetivo principal nessa parceria foi chamar a atenção para uma doença que, muitas vezes, passa despercebida. A gente conseguiu fazer uma conexão simples entre uma manchinha na camisa e um câncer agressivo. O esporte se mostrou uma plataforma de conscientização muito eficiente”, afirmou.

Dados preocupantes e importância da prevenção

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o melanoma representa aproximadamente 4% dos casos de câncer de pele no Brasil, mas é responsável por cerca de 75% das mortes causadas por esse tipo de tumor. A projeção para o período de 2023 a 2025 é de quase 9 mil novos casos por ano.

O alerta precoce é determinante: quando identificado nos estágios iniciais, o melanoma tem taxa de cura superior a 90%. Esse índice, no entanto, cai drasticamente quando a doença é diagnosticada tardiamente.