A situação do Lyon nos bastidores do futebol europeu foi mais tensa do que muitos imaginam. O clube, um dos mais tradicionais da França, esteve a um passo do rebaixamento à segunda divisão após enfrentar sérias dificuldades financeiras.
O pivô de boa parte dessa crise atende pelo nome de John Textor, ex-gestor do dia a dia do clube, que se afastou deixando um verdadeiro rombo estrutural a ser corrigido às pressas.
Rebaixamento evitado nos acréscimos
A salvação do Lyon veio com a aceitação de um recurso apresentado à Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG), órgão que fiscaliza a saúde financeira dos clubes na França. Isso porque, inicialmente, o Lyon havia sido punido pela falta de garantias econômicas e só permaneceu na elite graças a um esforço conjunto liderado pela nova presidente Michele Kang.
“Foi um esforço coletivo. Não acho que uma única pessoa pudesse ter feito isso”, declarou Kang, ressaltando a união entre equipe administrativa, parceiros jurídicos, auditores e torcedores.
Sendo assim, com a chegada de Kang à presidência e do alemão Michael Gerlinger como CEO, o Lyon busca reorganizar suas finanças e recuperar a confiança do mercado e da torcida.
Vale destacar que a transparência foi tratada como prioridade absoluta durante o processo, o que facilitou a aceitação do recurso.
“Eles tiveram acesso a todos os nossos documentos. E foi isso também que nos permitiu agir rapidamente, em apenas sete dias”, afirmou Kang.
Futuro com pés no chão
O objetivo imediato, segundo Gerlinger, é manter a competitividade esportiva, investindo em jovens talentos e mantendo o orçamento sob controle. “Planejamos uma redução na folha de pagamento, mas é uma gestão normal”, explicou.
Por isso, a crise deixada por Textor se tornou um marco de transição. Com isso, o clube foca em restaurar a credibilidade perdida e, desse jeito, pretende retomar o caminho de sucesso dentro e fora de campo.
Cabe ressaltar que a permanência na Ligue 1 é apenas o primeiro passo. O verdadeiro desafio começa agora.