Após a eliminação na Copa Sul-Americana, o Bahia enfrenta um momento de instabilidade dentro de campo, especialmente no setor ofensivo. A derrota por 2 a 0 para o América de Cali, na terça-feira (22), marcou mais um jogo sem gols e intensificou o debate sobre as limitações do elenco comandado por Rogério Ceni.
Ao longo da temporada, a equipe tricolor esteve envolvida em quatro competições simultâneas. Contudo, o acúmulo de jogos não foi acompanhado por um desempenho ofensivo convincente. Na avaliação de Ceni, a principal deficiência do elenco é, justamente, a falta de eficiência para transformar chances criadas em gols.
“Criamos as chances, colocamos os jogadores na cara do gol, mas infelizmente não conseguimos marcar. É algo que acontece constantemente”, reconheceu o treinador após a eliminação na Colômbia.
A atuação do time no segundo jogo contra o América de Cali foi marcada pela dificuldade de finalização. Nenhuma das tentativas chegou à meta adversária, fator que comprometeu as pretensões da equipe. O gol sofrido ainda no primeiro tempo agravou a situação, resultado de um erro de comunicação entre o goleiro Marcos Felipe e o zagueiro Ramos Mingo.
“Nosso primeiro gol sofrido teve um vacilo, uma falta de comunicação. Aquele gol ditou o resto do ritmo do jogo”, lamentou o treinador.
Apesar de um segundo tempo com mais posse de bola e volume ofensivo, a equipe não conseguiu converter o domínio em lances perigosos. Ceni, aliás, já havia apontado anteriormente a carência ofensiva, ressaltando que esse é um problema recorrente em 2025.
“Já debatemos isso há algum tempo. Acho que nem geramos tantas chances de gol, tivemos mais no primeiro jogo. Mas é uma deficiência que nós temos. Não conseguimos definir os jogos”.
A eliminação na Sul-Americana deixa o Bahia com foco total em três frentes: Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Copa do Nordeste. Apesar disso, o técnico segue buscando soluções internas enquanto o clube avalia o mercado na janela de transferências do meio do ano.
Entre os principais goleadores do time na temporada, Willian José lidera com nove gols, mas sofreu com lesões. Erick Pulga e Lucho Rodríguez, que vêm logo atrás na artilharia, atravessam longos períodos sem balançar as redes.
Enfim, diante da dificuldade recorrente em definir partidas e da baixa efetividade ofensiva, o Bahia deve intensificar o planejamento para reforçar o elenco, sobretudo no setor de ataque. A próxima oportunidade de resposta em campo será no domingo (27), às 18h30 (horário de Brasília), contra o Juventude, pela 17ª rodada do Brasileirão.