Durante o sorteio dos mandos de campo das semifinais da Copa do Brasil, realizado na sede da CBF, o executivo de futebol do Corinthians, Fabinho Soldado, foi questionado sobre especulações envolvendo uma possível saída do clube.
Ao invés de tratar diretamente do torneio, o dirigente optou por responder aos rumores e garantiu que permanece firme no cargo. Fabinho vive momentos de instabilidade nos bastidores, especialmente após a chegada do presidente Osmar Stabile.
Internamente, há movimentações e questionamentos recorrentes sobre sua continuidade à frente do futebol. Apesar disso, o dirigente demonstrou segurança ao abordar o tema durante a entrevista.
“Desconfortável em momento algum. Tenho pouco a falar. Desde que cheguei ao Corinthians, a gente escuta todo tipo de comentário, mas confesso que sigo muito entusiasmado. Sempre digo isso nas minhas entrevistas: enquanto eu tiver autonomia para trabalhar, vou me dedicar ao máximo para a minha equipe”, iniciou.
“Tenho quase 30 anos no futebol, sei como funcionam algumas coisas. O que me importa é dar respaldo ao meu treinador, aos meus atletas, para que eles consigam evoluir, consigam trabalhar com segurança. Esse é o papel do executivo de futebol, dentre tantos outros: melhorar a estrutura do Corinthians”, afirmou.
Alinhamento com a presidência e metas no clube
Fabinho fez questão de ressaltar sua boa relação com Osmar Stabile. Segundo ele, o presidente lhe garante autonomia total para conduzir o futebol e participar ativamente das decisões estratégicas.
Além disso, reforçou que o foco neste momento está na busca pelo título da Copa do Brasil e na recuperação da equipe no Campeonato Brasileiro.
“Já se fala de quase dois anos que estou no clube, e até aqui foram feitas diversas ações para que o Corinthians evolua. O presidente Osmar (Stabile) está me dando completa autonomia para trabalhar. Meu alinhamento é muito direto com ele. O que vem de fora, comentários que surgem… Digo com toda certeza que estou focado”, e completou:
“Falta pouco para acabar o ano, tenho um compromisso com o torcedor, que me apoia 100%, e é isso que vou fazer: me dedicar ao máximo e me concentrar naquilo que vai trazer resultado imediato ao Corinthians, que é melhorar a condição no Brasileirão e avançar na Copa do Brasil”, disse o dirigente.
Restrições no mercado e defesa da gestão
Com apenas duas contratações em 2025 — o lateral Fabrizio Angileri e o meio-campista Vitinho —, o Corinthians enfrentou limitações no mercado por conta de um transfer ban imposto pela Fifa.
A sanção foi aplicada em agosto por atrasos no pagamento ao Independiente del Valle pela contratação do zagueiro Félix Torres, realizada em 2024. Essa restrição impediu novas inscrições de atletas no elenco.
Fabinho comentou sobre a dificuldade enfrentada durante a janela de transferências e negou qualquer falha da diretoria ou da comissão técnica.
“Você não contratar na janela de janeiro, e só um atleta ou outro no meio do ano, não quer dizer que é incompetência do presidente, do treinador ou do executivo. A gente queria contratar. Todas as pessoas envolvidas queriam, o torcedor esperava, mas o clube não teve condição”, concluiu.
