O Corinthians efetuou, na segunda-feira (20), o pagamento da segunda parcela do acordo homologado na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), da CBF. O valor supera R$ 7 milhões e faz parte de um compromisso financeiro de R$ 76 milhões firmado para regularizar pendências com credores. A diretoria agora aguarda a revogação do transfer ban imposto pela entidade.
O prazo de vencimento dessa parcela havia expirado na última sexta-feira (17). Com o atraso, o Cuiabá, um dos maiores credores do clube paulista, solicitou à CNRD a imposição da sanção que impede o registro de novos atletas. A notificação foi oficialmente registrada na manhã desta segunda.
Do total pago, R$ 788.332,82 foram destinados ao Cuiabá, como parte da dívida relacionada à contratação do volante Raniele. O débito com o clube mato-grossense, no entanto, ainda soma R$ 17,7 milhões. Com a parcela quitada, o Corinthians apresentará os comprovantes à CNRD para tentar suspender a punição.
Apesar disso, o clube ainda não poderá registrar jogadores, pois segue sob outro transfer ban em vigor desde 12 de agosto. A sanção é consequência de uma dívida de R$ 40 milhões com o Santos Laguna, do México, pela contratação do zagueiro Félix Torres.

Condenação na CAS e risco de nova punição
Além das pendências anteriores, o Corinthians foi recentemente condenado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) a pagar R$ 41,3 milhões ao meia Matías Rojas. O valor refere-se à quebra de contrato com o atleta paraguaio.
O prazo estabelecido para quitação vai até a primeira quinzena de novembro. Caso o pagamento não ocorra dentro do período, o clube poderá sofrer uma nova restrição para inscrever reforços.
Plano coletivo de pagamento
O acordo firmado com a CNRD prevê um parcelamento de dívidas ao longo de seis anos. Cada parcela é paga a cada três meses. A divisão dos valores é feita de forma que 80% sejam destinados diretamente ao credor principal, enquanto os 20% restantes são voltados ao pagamento de honorários advocatícios.
O plano foi elaborado diante de diversas cobranças judiciais e extrajudiciais envolvendo atletas, empresários e outros clubes. A expectativa interna é que, com a regularização das parcelas, o clube consiga aliviar sua situação administrativa e esportiva, ao menos temporariamente.



