A negociação entre o Corinthians e o atacante Gui Bom, destaque da equipe Sub-17, segue sem avanços. Uma nova reunião entre dirigentes do clube e representantes do jogador, realizada na última terça-feira (28), terminou sem definição sobre os termos da renovação contratual.
O impasse gira, principalmente, em torno da proposta salarial apresentada pela diretoria. As conversas começaram em setembro, mas as partes ainda não chegaram a um consenso.
Empresariado por André Cury, o mesmo agente de Yuri Alberto, Gui Bom tem contrato vigente até novembro de 2027, firmado no ano passado. Apesar disso, o estafe do atleta entende que o valor oferecido para a renovação não condiz com o desempenho do atacante e está abaixo de outras propostas feitas a promessas da base.
Além da valorização salarial, a remuneração proposta interfere diretamente na multa rescisória nacional. De acordo com a legislação brasileira, esse valor precisa ser, no mínimo, duas mil vezes maior que o salário do jogador.

Assim, uma proposta considerada baixa enfraquece a proteção contratual do clube em caso de investidas de outros times do país.
Estratégia do clube após saída de Kauê Furquim
Internamente, o Corinthians trata a situação com cautela. A diretoria afirma que o processo de renovação segue em curso e que não há preocupação com sondagens externas.
A experiência recente com a saída do zagueiro Kauê Furquim para o Bahia, por cerca de R$ 14 milhões — cifra considerada abaixo do ideal —, serviu de alerta.
Desde então, o clube tem buscado antecipar renovações com jovens promessas, ajustando cláusulas e aumentando multas rescisórias.
Recuperação de lesão e destaque na temporada
Mesmo afastado por lesão, Gui Bom mantém status de uma das principais joias das categorias inferiores. Capitão do Sub-17, o atacante soma 11 gols em 14 jogos nesta temporada e já atuou pelo Sub-20, onde marcou uma vez em cinco partidas.
Em agosto, sofreu uma ruptura parcial no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, o que interrompeu sua sequência. A previsão de retorno é apenas para o início de 2026.
O atacante também acumula convocações para seleções brasileiras de base e está no radar de clubes nacionais. Por isso, o Corinthians busca um acordo que garanta maior segurança contratual diante da projeção do jovem no mercado.


