Após a derrota para o São Paulo no último sábado (19 de julho), o técnico Dorival Júnior segue sob pressão no Corinthians. Contratado no fim de abril para substituir Ramón Díaz, o treinador soma até o momento seis vitórias, quatro empates e quatro derrotas, acumulando aproveitamento de 52% em 14 partidas disputadas.
Apesar do momento instável, Dorival conta com respaldo da diretoria. O presidente interino Osmar Stábile, empossado durante o afastamento de Augusto Melo, afirmou nesta segunda-feira (21 de julho) que tanto o treinador quanto o diretor de futebol Fabinho Soldado seguem garantidos em seus cargos. Ainda assim, Stábile ponderou que os próximos resultados serão determinantes.
“O Dorival está garantido. Assim como está garantido o Fabinho Soldado”, declarou o dirigente. No entanto, acrescentou: “Não dá para prever o futuro. Futebol é resultado, não posso dizer o que vai acontecer daqui para frente”.
Stábile também explicou que permanecerá à frente do clube pelo menos até sexta-feira (09 de agosto), quando será realizada uma assembleia para decidir o futuro do presidente licenciado. “Estou como interino até dia 9, mas observando tudo o que está acontecendo. O clube não está largado. Temos que confiar nas pessoas que estão nos cargos e acompanhar de perto”, afirmou.
Enquanto isso, o ambiente interno permanece conturbado. No clássico contra o São Paulo, Dorival criticou publicamente a “energia” da equipe, e Memphis Depay gerou repercussão ao não retornar ao banco após ser substituído. Questionado sobre o caso, Stábile minimizou a situação: “Segundo a tradição do futebol europeu, os jogadores não têm essa preocupação de ficar no banco. A preocupação era ele estar no fechamento do vestiário após o jogo, com todos os jogadores, e isso aconteceu”.
Quanto a reforços, o clube trabalha dentro de limitações financeiras. O dirigente admitiu que não havia orçamento previsto para contratações no início da janela, mas assegurou que a diretoria está viabilizando recursos. “Quando faz planejamento, tem que disponibilizar recurso, que é o principal. Por exemplo: eu planejo comprar uma casa, mas como compro sem dinheiro?”, questionou. Em seguida, completou: “O recurso está sendo disponibilizado para fazer contratações, mas nenhuma loucura será feita nesse momento”.
Por fim, Stábile reconheceu o momento turbulento do clube, mas defendeu o processo de reorganização institucional. “Antes não tinha gestão, era aquela coisa de barrigada, de fazer no improviso. Esse é um processo demorado, você não pega uma instituição do tamanho do Corinthians e em 40 dias vai mudar tudo”, concluiu.
O Corinthians volta a campo na quarta-feira (23 de julho), às 19h30 (horário de Brasília), contra o Cruzeiro, na Neo Química Arena. O time também enfrentará Botafogo e Palmeiras nos compromissos seguintes.
