O presidente do Corinthians, Osmar Stabile, afirmou que o projeto SAFiel, que propõe transformar o clube em SAF, só avançará após análise do setor de compliance. A proposta prevê a captação de até R$ 2,5 bilhões para pagamento de dívidas e investimentos, mas ainda enfrenta questionamentos internos.
O departamento de compliance apontou irregularidades que precisam ser esclarecidas antes que o projeto avance. Entre elas, está o fato de a empresa proponente, Invasão Fiel S.A, ter sido constituída recentemente com capital social de apenas R$ 3 mil, apesar de prometer arrecadar bilhões.
Além disso, um dos idealizadores, Maurício Chamati, já foi citado em processo por estelionato, arquivado posteriormente, gerando desconfiança sobre a credibilidade do grupo. Em entrevista, Stabile reforçou que o clube não pretende ignorar os apontamentos internos.
“Tem que passar primeiro pelo Compliance. O Corinthians não assina o contrato para ninguém, não estou dizendo da SAFiel ou de qualquer empresa, se tiver qualquer apontamento”, declarou. Segundo ele, a diretoria só analisará os aspectos técnicos e de marketing após a regularização das pendências apontadas.

A diretoria alvinegra trata o tema com cautela e ressalta que não pretende deixar “herança maldita” para futuras gestões. “Nós recebemos o projeto, levamos para o Compliance, o Corinthians tem um Compliance que funciona […] e a gente não vai deixar nenhuma herança maldita para frente”, afirmou o presidente.
O clube acumula dívidas que, segundo o último balancete, somam R$ 2,7 bilhões.


