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Pressionado, Augusto Melo toma decisão sobre renúncia da presidência do Corinthians

Afastado do cargo, dirigente resiste à pressão de torcidas organizadas e promete lutar para retomar a presidência

O cenário político do Corinthians segue em ebulição. Mesmo afastado do cargo desde maio, o presidente Augusto Melo afirmou de forma categórica que não pretende renunciar à presidência do clube. 

A declaração ocorre em meio ao aumento da pressão de torcidas organizadas e membros da política interna do clube, às vésperas da assembleia geral marcada para o próximo dia 9 de agosto, ocasião que pode confirmar seu impeachment.

Dirigente alega inocência e reforça disposição para continuar no cargo

Em entrevista, Augusto Melo rejeitou qualquer possibilidade de renúncia, destacando que sua saída antecipada seria interpretada como uma confissão de culpa. “Nunca cogitei a ideia de renunciar e nunca faria isso”, declarou o dirigente. 

“Sou digno e tenho a consciência tranquila de que não cometi nenhum crime, na Justiça vamos provar isso.”, completou.

A fala ocorre dias após protestos no Parque São Jorge, onde líderes de torcidas organizadas realizaram um cortejo simbólico cobrando a saída do dirigente. Além disso, parte do grupo político que o apoiou na eleição já se afastou, revelando o desgaste acelerado de sua base.

Assembleia de agosto será decisiva para o futuro do clube

A assembleia geral dos sócios foi convocada para decidir se o afastamento temporário será transformado em destituição definitiva. Cabe ressaltar que, caso o impeachment seja aprovado, o Conselho Deliberativo deverá eleger um novo presidente para conduzir o clube até o fim de 2026.

Augusto, por sua vez, insiste que sua saída favoreceria adversários. “Estão querendo minha renúncia porque sabemos que dentro do clube essa gestão interina não tem força”, afirmou. “Eu renunciando, eles que ficam no poder. Nunca faria isso com o clube que eu amo.”, disse Augusto Melo.

Crise institucional desafia estabilidade da gestão alvinegra

Sendo assim, o Corinthians se vê no centro de uma grave crise institucional, que transcende o campo esportivo. Isso porque o próprio Augusto Melo se tornou réu por crimes como associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto, o que intensifica o desgaste de sua imagem.

Portanto, com a proximidade da assembleia, aumenta a expectativa quanto aos rumos políticos do clube. Vale destacar que a decisão dos sócios no dia 9 poderá marcar não apenas o fim de uma gestão, mas também definir os contornos da governabilidade no Parque São Jorge pelos próximos anos.