O Conselho de Orientação (CORI) do Corinthians solicitou, por meio de nota oficial, o cancelamento da reunião marcada para segunda-feira (24), que pretende votar a proposta de reforma do estatuto do clube. Embora declare apoio às mudanças, o CORI aponta supostas ilegalidades no processo e defende uma análise mais criteriosa antes da deliberação.
A entidade também destacou preocupações em relação às propostas que tratam da eventual transformação do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Segundo o CORI, o tema exige discussões amplas e específicas com os autores das iniciativas. O órgão reforça sua disposição ao diálogo, com o intuito de colaborar com o desenvolvimento institucional do Corinthians.
Em resposta, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, criticou o posicionamento do CORI e afirmou que a atuação atrasa um processo importante. Ele lembrou que a meta de reformar o estatuto foi aprovada de forma unânime em fevereiro e questionou o órgão por não ter apresentado nenhuma sugestão durante os trabalhos.
“Causa estranhamento que o órgão — que em nenhum momento encaminhou propostas ou sugestões para integrar a reforma — tenha decidido se manifestar agora em favor de freios repentinos, dificultando o andamento de um processo que convidou e ouviu todos os corintianos interessados em participar deste momento histórico” .

“Poderia igualmente ter contribuído com soluções construtivas para eventuais pontos que considerasse equivocados. No entanto, nada foi produzido além de uma crítica vaga e, a meu ver, injustificada”, afirmou Tuma.
A proposta em análise traz mudanças como voto aos membros do programa Fiel Torcedor, eleições presidenciais em dois turnos, votação individual para conselheiros e regras sobre ausências em reuniões. Também prevê a inclusão de diretrizes para eventual transição para SAF, ponto que tem gerado divergências internas.


