quinta-feira, agosto 7, 2025
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Tostão aponta carência no ataque do Corinthians para enfrentar o Palmeiras

Clássico define vaga nas quartas da Copa do Brasil com Timão em vantagem e dúvidas táticas nas duas equipes

Palmeiras e Corinthians voltam a se enfrentar nesta quarta-feira (06), às 21h30 (horário de Brasília), no Allianz Parque, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. A equipe alvinegra tem a vantagem por ter vencido a partida de ida por 1 a 0 e avança com um empate, enquanto o Verdão precisa de vitória por dois gols de diferença para se classificar no tempo normal — ou por um gol para levar a decisão aos pênaltis.

Embora o Corinthians esteja em vantagem, o equilíbrio entre as equipes ainda pauta as análises sobre o confronto. Tostão, em sua coluna, destacou que nenhuma das equipes entra como favorita, apesar do resultado anterior. O ex-jogador também pontuou limitações estruturais nos dois lados, especialmente no sistema tático utilizado por Dorival Júnior.

Segundo Tostão, o principal problema do Corinthians está na ausência de jogadores de lado de campo que combinem recomposição defensiva com presença ofensiva. Conforme ele observa, o esquema adotado pelo Timão não favorece variações pelas pontas, o que restringe a amplitude do ataque e exige demais dos laterais.

“A principal dificuldade do Corinthians é não ter jogadores pelos lados que marquem e ataquem, pois o time geralmente atua com uma linha de quatro defensores, um trio no meio-campo e um meia centralizado à frente dos três; além de uma dupla de atacantes pelo meio”.

Sobre o Palmeiras, Tostão apontou que o time de Abel Ferreira, por vezes, tem dificuldades em povoar o meio-campo, já que costuma atuar com apenas dois jogadores no setor, sendo um mais marcador e outro com características ofensivas. Isso deixa a equipe vulnerável nas transições.

“A principal dificuldade do Palmeiras é, algumas vezes, preencher pouco o meio-campo, pois joga apenas com dois no setor, um volante mais marcador e outro mais construtor. O meia ofensivo (Maurício ou Raphael Veiga) atua próximo à área adversária e não participa da marcação”.

No aspecto tático, o Corinthians apresenta menos variações e atua com um time base mais definido, o que limita mudanças estratégicas. Já o Palmeiras possui opções em praticamente todas as posições, o que permite a Abel Ferreira ajustar a equipe conforme o adversário. Contudo, desde a chegada do técnico português, o clube teve dificuldades para reverter desvantagens em mata-matas, conseguindo isso apenas três vezes em nove oportunidades.

Além do desempenho em campo, a arbitragem também foi tema de debate. Escalado para o clássico, Anderson Daronco teve sua atuação questionada por Walter Casagrande. Em participação no programa Galvão e Amigos, o comentarista demonstrou receio quanto à condução do árbitro gaúcho, sobretudo pelo uso do árbitro de vídeo.

“Para mim, o Daronco é um daqueles que mais se apoiam no VAR, na minha opinião. É um daqueles que deixou de apitar mais depois que o VAR apareceu”.

Casagrande também citou Raphael Claus como exemplo de árbitro mais autônomo nas decisões, destacando sua postura em campo: “O Claus é o único juiz brasileiro que apita o jogo da maneira como ele quer. O jogo dele é aquele jogo ali. Ele não apita a regra”.

Portanto, o Dérbi promete um duelo equilibrado tanto em campo quanto fora dele, com aspectos técnicos e extracampo influenciando diretamente no desfecho do confronto.