O novo contrato firmado entre Corinthians e Nike, válido até dezembro de 2035, prevê o fornecimento anual de até 60 mil itens esportivos, com valor estimado entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões. Assinado em agosto, o acordo garante pagamento fixo de R$ 59 milhões por temporada, com correção anual pelo IPC.
O montante total pode chegar a R$ 1,3 bilhão, condicionado ao desempenho do clube em metas previstas. Atualmente, o clube ainda opera sob o contrato vigente, que expira no fim de 2025 e limita o recebimento a R$ 4 milhões anuais em materiais.
No entanto, segundo levantamento divulgado pelo ge, o Corinthians superou esse teto nos últimos dois anos. Foram mais de R$ 23,7 milhões em produtos entregues pela fornecedora, com 75.865 itens contabilizados apenas entre 2024 e 2025.
A ampliação prevista no novo acordo busca atender com maior precisão todas as modalidades e departamentos do clube, como futebol profissional, base, esportes aquáticos e esportes terrestres, além de demandas institucionais. A distribuição será monitorada pela diretoria a partir de janeiro de 2026.

Paralelamente, uma auditoria interna apontou graves falhas na gestão desses materiais dentro do Parque São Jorge. O relatório cita sete ocorrências, incluindo ausência de inventário físico, armazenamento indevido de peças antigas, distribuição irregular e retirada de itens sem autorização formal, comprometendo o controle e a rastreabilidade.
O documento também envolve diretamente o vice-presidente Armando Mendonça, responsabilizado por retiradas de produtos sem registro. O caso segue em apuração interna, enquanto o clube prepara mudanças no processo de governança e controle de estoque para a nova fase do contrato com a Nike.


