A análise recente de Paulo Vinícius Coelho, o PVC, trouxe à tona uma reflexão relevante sobre expectativas no futebol brasileiro. Em declaração que ganhou repercussão, o jornalista traçou um paralelo entre Luiz Henrique, ex-Botafogo, e Gerson, do Flamengo, questionando a projeção feita sobre o atacante alvinegro.
Luiz Henrique retornou ao futebol brasileiro após passagem pelo futebol europeu. Com 24 anos, o jogador chegou ao Botafogo cercado de esperança por parte da diretoria e dos torcedores, que viam nele um possível protagonista para a temporada. No entanto, conforme observou PVC, essa expectativa pode ter sido superestimada.
“Você vai trazer um jogador e pensar assim: o Luiz Henrique vai jogar no Botafogo como o Gerson jogou no Flamengo, fazer uma história…”, afirmou o jornalista. A comparação direta entre os dois atletas evidencia o peso que muitas vezes é colocado sobre reforços que retornam da Europa, mesmo sem histórico equivalente de impacto local.
Gerson, por sua vez, consolidou uma trajetória marcante com a camisa do Flamengo. Revelado pelas categorias de base do Fluminense, ele ganhou destaque nacional atuando no meio-campo rubro-negro, sobretudo durante a temporada vitoriosa de 2019. Sua regularidade e influência tática se tornaram referências.
Por outro lado, Luiz Henrique ainda busca retomar o protagonismo que apresentou no início de sua carreira no Fluminense. Embora tenha qualidade técnica, ele não conseguiu, até o momento, reproduzir o mesmo nível de desempenho que o consagrou antes de sua transferência internacional.
A fala de PVC, aliás, reforça um ponto recorrente no futebol brasileiro: a tendência de projetar sobre jogadores expectativas desproporcionais. Isso, eventualmente, compromete o próprio desempenho dos atletas, pressionados por comparações que ignoram contextos distintos.
Apesar disso, é inegável que o investimento do Botafogo em Luiz Henrique demonstrou ambição por parte do clube, que vive um novo momento sob gestão de SAF. Contudo, conforme a avaliação do comentarista, a cobrança por um desempenho semelhante ao de Gerson no Flamengo talvez não tenha levado em conta as diferenças de estilo, função em campo e histórico recente.
Assim sendo, a reflexão proposta por PVC serve como um alerta sobre a necessidade de avaliar reforços com mais cautela, respeitando suas características individuais e trajetória. Afinal, cada jogador tem sua própria história, e comparações podem mais atrapalhar do que ajudar.
