No Flamengo, a disputa pela braçadeira de capitão não se dá por hierarquia, mas por admiração e respeito entre os jogadores. Além disso, Arrascaeta abriu mão da faixa em prol de Bruno Henrique, priorizando o companheiro sempre que ele está em campo. Desse jeito, o uruguaio mostra que a liderança no time vai muito além do símbolo da braçadeira.
Prioridade para Bruno Henrique
Vale destacar que a preferência em campo é de Bruno Henrique, que utiliza a faixa sempre que atua. Arrascaeta, por sua vez, assume o posto de capitão apenas na ausência do camisa 27, o que ocorre com certa frequência. Com isso, o craque uruguaio reforça a confiança e o apoio ao companheiro, mantendo harmonia e liderança no elenco.
Em coletiva no Ninho do Urubu, Arrascaeta explicou a decisão:
“E a braçadeira. Nós tivemos uma reunião depois que o Gerson saiu, e o Filipe veio me perguntar se seria eu ou o Bruno o primeiro capitão. E eu falei que para mim não fazia diferença, porque eu sei a classe de pessoa e a classe de amigo que tenho ao meu lado por Bruno”.
Sendo assim, o gesto do uruguaio demonstra maturidade e comprometimento com o grupo, porque coloca os interesses da equipe acima do individual.
Admiração e parceria dentro e fora de campo
Cabe ressaltar que Arrascaeta não economizou elogios ao atacante:
“Então, quando ele estiver disponível, eu prefiro que ele seja o número um, porque é um cara que eu admiro muito, tanto dentro do campo como fora. É um grande amigo que eu tenho na vida”, afirmou o meia.
Além disso, a parceria entre os dois é histórica. Bruno Henrique e Arrascaeta chegaram juntos ao Flamengo em 2019 e, desde então, conquistaram 14 títulos pelo clube: quatro Cariocas, dois Brasileiros, duas Libertadores, três Supercopas, uma Recopa e duas Copas do Brasil. Dessa maneira, a dupla se consolidou como referência no elenco e um exemplo de amizade e liderança.
Portanto, a atitude de Arrascaeta vai além da braçadeira: é um símbolo de respeito e valorização do companheiro, porque a liderança no Flamengo se mede por caráter e contribuição dentro e fora de campo. Desse jeito, a relação entre os craques reforça a união do grupo e a cultura vencedora do clube.
