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BAP autoriza saída de mais um jogador do Flamengo

Saída de Victor Hugo, desistência por Mikey Johnston e adeus de Gerson revelam, afinal, ajustes e tensões no planejamento do Flamengo na atual janela de transferências.

Flamengo vive uma janela de transferências agitada e, sobretudo, marcada por decisões contrastantes. Enquanto negocia saídas e avalia reforços, a diretoria tenta equilibrar planejamento e reação dos torcedores. Afinal, três movimentações recentes — a venda de Victor Hugo, a desistência por Mikey Johnston e a transferência de Gerson — sintetizam o momento rubro-negro.

Anteriormente utilizado na rotação do elenco, Victor Hugo, revelado pelas categorias de base, soma 80 partidas pelo profissional. O meio-campista de 20 anos acertou ida sem custos ao Famalicão. Conforme o modelo acordado, o Flamengo manterá 50 % dos direitos econômicos, e o vínculo em Portugal será de três temporadas.

Atualmente, a operação depende apenas da assinatura final dos representantes do atleta. Por outro lado, a direção vê a transferência como oportunidade de valorização, ainda que, eventualmente, aponte carência no elenco a médio prazo.

Escudo do Flamengo
Escudo do Flamengo (Foto: Divulgação/ Flamengo)

Enquanto isso, o clube recuou na contratação do atacante irlandês Mikey Johnston. A reação negativa dos torcedores, bem como a pressão interna, levou ao cancelamento do voo que o traria ao Rio de Janeiro nesta terça-feira (08 de julho). A comissão de futebol sinalizou preocupação com custo de 5 milhões de libras e histórico de lesões, embora o jogador tenha disputado 41 partidas e marcado três gols na última temporada pelo West Bromwich.

Igualmente relevante, Gerson se despediu do elenco após o Zenit pagar 25 milhões de euros à vista — cerca de R$ 160 milhões — na segunda-feira (07 de julho), às 13h54 (horário de Brasília). O volante, que não participou da reapresentação, organizou festa temática no sábado (05 de julho), na Barra da Tijuca, com presença de diversos companheiros.

Nas duas passagens pelo Flamengo, o “Coringa” disputou 253 partidas, anotou 19 gols e ergueu 12 títulos, entre eles Libertadores (2019) e Copa do Brasil (2024). Inequivocamente, a perda técnica é considerável; entretanto, os valores aliviam a folha salarial e abrem espaço para novas buscas na janela do meio do ano.

Por conseguinte, o Flamengo entra na segunda semana de julho tentando, ao mesmo tempo, repor lacunas, conter a pressão política e, ainda assim, manter desempenho em campo. A menos que surjam contratempos, Victor Hugo deve viajar nos próximos dias, enquanto o comando de futebol analisa outros alvos, a fim de que o grupo tenha peças suficientes para a sequência das competições. Contudo, a atmosfera nos bastidores segue tensa, pois parte da torcida espera reposições de impacto, e não apenas ajustes pontuais para que o Rubro-Negro siga competitivo em 2025.