O Flamengo venceu o Internacional por 1 a 0 no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, no Maracanã, mas o desempenho da equipe gerou críticas de nomes conhecidos do futebol brasileiro. Tanto Felipe Melo quanto Galvão Bueno analisaram a partida e destacaram pontos que, segundo eles, precisam de atenção.
Felipe Melo, ex-jogador e atualmente comentarista, avaliou que o Rubro-Negro teve amplo domínio na primeira etapa e poderia ter construído uma vantagem maior. Para ele, o Internacional só passou a incomodar quando decidiu pressionar na segunda metade do confronto. O ex-volante citou o Mirassol como exemplo de postura mais agressiva diante do Flamengo no Rio.
“A sensação era: em qualquer momento o Flamengo vai fazer 1 a 0, 2 a 0. Mas, claro, no segundo tempo tudo mudou. O Inter entendeu que, contra um time como o Flamengo, não pode deixar de jogar. A maneira como o Mirassol se comportou no Maracanã: ele não deixou de jogar, não deixou de pressionar o Flamengo.”

Ele reforçou que as equipes que enfrentarem o Flamengo no Maracanã precisam evitar ficar recuadas, apostando apenas em contra-ataques, pois isso facilita o domínio rubro-negro.
“As pessoas precisam entender. Se você entra, em um jogo contra o Flamengo, querendo jogar por uma bola, querendo só marcar e trazendo, convidando o Flamengo a te atacar, não tem jeito. 1 a 0 para mim ficou muito barato no primeiro tempo.”
Galvão Bueno, por sua vez, utilizou suas redes sociais para criticar o aproveitamento ofensivo do time. Na visão do narrador, o primeiro tempo foi de total controle rubro-negro, com marcação intensa e posse de bola dominante. Ainda assim, a equipe converteu poucas oportunidades.
“Flamengo e Internacional foi um jogo com muita intensidade. No primeiro tempo, só deu Flamengo!! Muita marcação, tomou todos os espaços e merecia um placar até maior!! Mas continua perdendo as chances que cria!! Bruno Henrique fez o gol, que veio de novo em jogada aérea.”
O narrador também alertou que a etapa final apresentou um cenário diferente, com o Internacional ganhando mais posse de bola e controlando melhor o meio-campo, embora sem criar chances claras. Ele destacou ainda que, jogando no Beira-Rio, o Colorado é bastante competitivo.
“O segundo tempo foi outro jogo!! O Inter ocupou o meio campo, teve muito mais posse de bola e correu atrás do empate, mas não criou o grande lance!! Ficou por isso mesmo 1 a 0 pro Fla!! Mas, jogando em casa, no Beira Rio, o Inter é muito forte!! Não tem nada definido.”
Anteriormente, Galvão já havia questionado a falta de efetividade ofensiva da equipe, mesmo com um elenco qualificado. Ele apontou a bola parada como principal arma e observou que os zagueiros têm decidido muitas partidas.
“A maior arma do Flamengo é a bola parada. Eu também acho que o Flamengo tem o melhor time do Brasil e tem o melhor elenco. O técnico é excelente, o Filipe Luís vai ser um grande técnico […] Um time como o Flamengo, que domina o jogo, acaba ganhando de 1 a 0 com um gol de bola parada. Ou é escanteio ou falta. É bola alta cruzada na área. Não tem alguma coisa errada? Não devia estar fazendo mais gols?”.