quarta-feira, agosto 13, 2025
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Luxemburgo avalia Flamengo após a saída de Gerson: “faz muita falta…“

Luxemburgo vê perda de força no Flamengo sem Gerson e cobra mais jogadores decisivos no ataque

Negociado para o Zenit na atual janela de transferências por 25 milhões de euros, valor referente à multa rescisória, Gerson deixou um vazio considerável no Flamengo. O volante, que passou por duas fases no clube, disputou 253 partidas, marcou 19 gols e distribuiu 34 assistências. Na atual temporada, antes de deixar o elenco, somava dois gols e quatro assistências em 28 compromissos.

Durante o programa “Galvão e Amigos”, na segunda-feira (11), Vanderlei Luxemburgo analisou o momento da equipe de Filipe Luís e associou a queda de rendimento à ausência do camisa 8. O treinador ressaltou que Gerson se destacava por unir funções defensivas e ofensivas, chegando com frequência ao ataque e servindo os companheiros.

Vanderlei Luxemburgo, ex-técnico de futebol (Foto: Cesar Greco/SE Palmeiras)
Vanderlei Luxemburgo, ex-técnico de futebol (Foto: Cesar Greco/SE Palmeiras)

“A saída do Gerson representou uma queda ao Flamengo, porque ele estava sempre pisando na área e também era garçom, dava cada passe. Pisava na área e servia o pessoal. Então, isso faz muita falta”, afirmou Luxemburgo.

Desde a saída do jogador, o Flamengo marcou 10 gols em nove jogos, número que reforça a análise do treinador. Ainda assim, ele avalia que o clube continua sendo o principal candidato ao título do Campeonato Brasileiro, lembrando que grandes goleadas não são comuns em uma temporada equilibrada.

“Dentro da realidade do Campeonato Brasileiro, o Flamengo é o time com melhor performance. Os zagueiros fazem gol, o meio-campo e o ataque também. Não vão conseguir ganhar de quatro, cinco, toda hora”, completou.

A vitória sobre o Mirassol por 2 a 1, no sábado (09), pela 19ª rodada, também foi tema da participação de Luxemburgo. Mesmo com gols de Léo Pereira e Gonzalo Plata, o treinador avaliou que o elenco carece de atletas com maior poder de finalização.

“É a característica dos jogadores. Tem que ter mais jogador que faça gol. Você acha que o Cebolinha é artilheiro? Não é. Quando é o Pedro, Bruno Henrique, até tem mais. O Cebolinha nunca foi jogador de fazer muito gol. Os laterais do Flamengo também não são de fazer muito gol”, observou.

Para Luxemburgo, embora o time seja equilibrado, os adversários já entenderam o padrão de jogo, exigindo a presença de atletas capazes de decidir individualmente. Conforme dados do Departamento de Matemática da UFMG, o Flamengo encerrou o primeiro turno com 48% de chances de título, somando 40 pontos e ocupando a segunda colocação. O Cruzeiro lidera com três pontos a mais e um jogo a mais, enquanto o Palmeiras está quatro pontos à frente, mas com um duelo a menos.