O Flamengo reencontra o Atlético-MG nesta quarta-feira (6), às 19h (horário de Brasília), na Arena MRV, em Belo Horizonte, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Após perder o jogo de ida por 1 a 0 no Maracanã, o time comandado por Filipe Luís chega pressionado por uma atuação consistente e por um resultado que garanta a classificação fora de casa.
Com uma série de desfalques importantes, o Rubro-Negro terá que lidar com a ausência de nomes como Bruno Henrique e Luiz Araújo, ambos poupados por conta do desgaste físico, além de Pulgar, De la Cruz e Danilo, que seguem em tratamento no departamento médico. A escalação provável inclui Rossi no gol, com Varela ou Emerson Royal na direita, Léo Ortiz, Léo Pereira e Ayrton Lucas na defesa; Jorginho, Allan e Arrascaeta no meio; e Plata, Samuel Lino e Pedro no ataque.
Nesse cenário de incertezas e desempenho oscilante, o ex-jogador Tostão apontou críticas diretas à atual fase da equipe carioca. Em sua coluna, ele destacou a queda de rendimento do Flamengo desde a disputa do Mundial de Clubes, colocando em dúvida a capacidade do time em jogos decisivos. Segundo ele, mesmo jogando em casa, o Atlético pode repetir a estratégia eficiente da ida, apostando em marcação mais baixa e contra-ataques rápidos. Contudo, alertou que “se o time ficar muito atrás, for pressionado e eliminado, Cuca será muito criticado. O perigo existe em qualquer estratégia”.
A crítica mais incisiva de Tostão, entretanto, recaiu sobre a montagem do meio-campo flamenguista. O comentarista destacou que, apesar da expectativa, o desempenho coletivo não tem correspondido. “O Flamengo tem jogado menos do que a expectativa criada. Gerson faz falta. O time joga normalmente com dois volantes em linha, deixando Arrascaeta isolado na armação das jogadas”.
Filipe Luís, por sua vez, passou de ídolo a alvo de questionamentos por parte de torcedores e analistas. A condução tática da equipe, suas escolhas nas laterais e a falta de alternativas para recompor o setor criativo têm sido pontos de debate recorrente, especialmente em partidas de maior exigência técnica.
Aliás, a dúvida na lateral-direita, entre Varela e Emerson Royal, simboliza o momento de indefinição que marca o Flamengo atualmente. Na esquerda, Ayrton Lucas tende a começar, já que Alex Sandro ainda busca ritmo após lesão.
Enquanto isso, o Atlético-MG chega com moral elevada e a possibilidade de repetir a estratégia bem-sucedida no Maracanã. Caso avance, confirmará a vantagem construída no primeiro duelo e aumentará ainda mais a pressão sobre o trabalho de Filipe Luís.
