domingo, agosto 24, 2025
16.4 C
São Paulo

D’Alessandro, Alan Patrick…: os alvos de Baldasso após eliminação do Inter

Com a queda na Libertadores e já eliminado da Copa do Brasil, o Inter concentra-se agora no Campeonato Brasileiro

A queda do Internacional diante do Flamengo na Copa Libertadores, após derrota por 2 a 0 no Beira-Rio na quarta-feira (20), gerou fortes reações. O comunicador Baldasso não poupou críticas ao trabalho de Roger Machado, ao desempenho de Alan Patrick e à condução da diretoria colorada.

Segundo Baldasso, a apatia em campo refletiu a falta de planejamento do clube. Para ele, a estratégia adotada nos confrontos foi insuficiente e escancarou as fragilidades do time.

“Esse bando de incompetentes precisa sair. O Flamengo passar pelo Internacional é do jogo, o problema é entender o que aconteceu nos três jogos. No Maracanã, uma estratégia covarde, aí ele bota um time reserva no final de semana para descansar os guerreiros e hoje o Flamengo terminou correndo mais”.

E completou: “É um desenho de tudo, cozinhou o Inter o jogo inteiro, controlou o tempo todo. Parecia adultos contra crianças. Esse Inter é pobre, tem o DNA da derrota”.

Postura do capitão Alan Patrick

Em tom ainda mais incisivo, Baldasso apontou a falta de protagonismo do meia Alan Patrick, capitão do time.

“O meu capitão em campo, chamado Alan Patrick, é um picolé de chuchu. Agua de salsicha. No segundo tempo, meu capitão estava grudado na linha central do meio-campo, atrasando bola e dando toque de lado. Depois vem dizer que faz parte. Eu não vi nenhum movimento tático diferente para surpreender o adversário, nenhuma jogada alternativa. O técnico do Inter faliu”.

Contestação à diretoria e pedido por mudanças

Baldasso também direcionou críticas à direção, cobrando uma reação imediata da torcida e reforçando a necessidade de mudanças.

“É uma vergonha o trabalho do Roger, é uma vergonha o trabalho do D’Alessandro, do vice de futebol e o que essa gestão está fazendo. Assim como nos anos anteriores, a temporada acaba em agosto. Aliás, até quando será aceitável? A torcida está indignada e espero que tenha protestos, sem violência, e não aceitem a normalização da mediocridade. Tem que cair o treinador”.

Discurso do presidente Alessandro Barcellos

Enquanto isso, o presidente Alessandro Barcellos buscou justificar a eliminação destacando a diferença de investimentos entre os clubes. O dirigente afirmou que o Flamengo gastou R$ 277 milhões na atual janela de transferências, contra R$ 27 milhões do Inter, valor dez vezes menor.

“Algumas coisas ficariam de melhor tom se tivéssemos vencido. Porque não podem servir de desculpa em um momento em que o torcedor está sentindo tanto e nós estamos sentindo. Mas a verdade é que a gente precisa aprofundar um pouco mais esse tema no futebol brasileiro”.

E concluiu: “Investimento (do Flamengo) nesta janela foi da ordem de R$ 277 milhões contra um investimento de R$ 27 milhões. São 10 vezes mais. Se falarmos das últimas quatro janelas, foram R$ 600 milhões”.

Bastidores e polêmica do papel picado

O ambiente no Beira-Rio também foi marcado por um episódio constrangedor. Antes da bola rolar, a chuva de papéis picados atrasou em 21 minutos o início da partida. O caso gerou reuniões internas, demissões de dois funcionários e o reconhecimento do clube de que houve falhas na execução da ação de “ambientação de jogo”.

Em nota oficial, o Inter admitiu que o volume utilizado estava acima do previsto e fora do setor autorizado, comprometendo ainda mais a imagem do clube em noite de eliminação.

Próximos passos

Com a queda na Libertadores e já eliminado da Copa do Brasil, o Internacional concentra-se agora no Campeonato Brasileiro. No sábado (23 de agosto), o time enfrenta o Cruzeiro, às 18h30 (horário de Brasília), no Mineirão.