Uma fala direta e inesperada de Anita Caicedo, esposa do atacante Rafael Borré, do Internacional, movimentou as redes sociais e reacendeu uma discussão antiga no futebol brasileiro: a valorização do Campeonato Brasileiro fora do país. A colombiana comparou o Brasileirão à liga argentina e apontou uma diferença clara na forma como os produtos são apresentados ao público internacional e sua crítica ecoou entre torcedores e dirigentes.
Brasileirão subestimado? Comparação com Argentina gera debate
Durante entrevista ao programa Bola nas Costas, do portal GZH, Anita Caicedo não poupou palavras:
“Vocês têm aqui o melhor. O jogo bonito. Mas o produto não é valorizado. O Campeonato Argentino parece mais bem vendido do que o Brasileiro, mesmo aqui sendo melhor”, afirmou.
Sendo assim, a declaração provocou reflexões sobre por que o principal torneio nacional do Brasil ainda não alcança o destaque que merece no cenário internacional. Isso porque, mesmo com alto nível técnico, grandes nomes e estádios modernos, o Brasileirão ainda não é tratado como um produto globalizado.
Clubes se movimentam por uma liga independente
A crítica de Anita ocorre em um momento estratégico. Os principais clubes do Brasil já se organizam em torno da criação de uma liga única, independente da CBF, com o objetivo de melhorar a gestão, a distribuição de receitas e o marketing da competição.
Dessa maneira, grupos como a Liga Forte União (LFU) e a Libra estão em constante diálogo para alinhar uma estrutura mais eficiente. Vale destacar que, mesmo atuando separadamente em algumas negociações, há consenso de que a união seria crucial para alcançar projeção mundial.
Além disso, o Internacional, clube de Borré, é um dos que defendem maior visibilidade e profissionalização da Série A.
Produto de elite, mas ainda mal explorado
Portanto, a fala de Anita Caicedo vai além de uma simples opinião: ela expõe uma fragilidade histórica do futebol brasileiro. Cabe ressaltar que, com isso, clubes e dirigentes ganham mais um motivo para acelerar as mudanças estruturais. Desse jeito, será possível transformar o “jogo bonito” também em um espetáculo exportável e valorizado mundo afora.