O CT Rei Pelé, um dos maiores símbolos da estrutura do Santos Futebol Clube, será levado a leilão após autorização publicada no Diário Oficial da União. A decisão da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) coloca fim a uma longa concessão iniciada em 1996, mas não surpreende a diretoria santista. Pelo contrário: o clube afirma que já se preparou juridicamente e financeiramente para garantir a compra do terreno de 39 mil metros quadrados no bairro Jabaquara, em Santos (SP).
Vale destacar que, nos últimos anos, o Santos passou a ocupar a área de forma irregular, por não cumprir as exigências sociais previstas no contrato original. Ainda assim, o presidente Marcelo Teixeira e o assessor Júnior Bozzella articularam, desde antes da posse, ações nos bastidores para postergar o leilão e organizar o clube para a aquisição definitiva.
Negociações intensas em Brasília garantiram tempo ao Santos
A operação contou com a interlocução de órgãos como o Ministério do Esporte, Caixa Econômica Federal, SPU e o Palácio do Planalto. O clube tentou, inclusive, renovar a concessão por mais 30 anos ou obter a doação do terreno. No entanto, ambas as alternativas foram rejeitadas por causa dos apontamentos do Ministério Público Federal sobre a ocupação irregular.
Por isso, o leilão acabou sendo inevitável. Sendo assim, o Santos tratou a situação com frieza e planejamento. O edital será publicado em breve, com valor mínimo estimado em R$ 70 milhões. O clube terá preferência na compra, devendo pagar 10% no ato e o restante em até 60 dias. Segundo a diretoria, o crédito já está aprovado.
Compra do CT é vista como marco histórico para o clube
A aquisição é estratégica para o projeto de reconstrução do Santos. Com isso, o CT poderá ser modernizado com apoio de iniciativas lideradas pelo pai de Neymar. Entre as metas estão a reforma de vestiários, hotel, gramados e a estrutura da base.
Desse jeito, o clube entende que garantir o terreno é mais do que resolver uma pendência: é construir um legado. Portanto, consolidar a posse do CT Rei Pelé é tratado como prioridade absoluta no planejamento institucional.
