Após a pausa no calendário provocada pelo Mundial de Clubes, o Vasco ainda não conseguiu retomar o desempenho esperado. A equipe comandada por Fernando Diniz soma quatro jogos sem vitórias desde o retorno, incluindo a eliminação na Copa Sul-Americana. O treinador aponta questões estruturais e de elenco como fatores decisivos para a oscilação.
Durante o período de inatividade, o elenco permaneceu treinando por mais de 20 dias. Contudo, a sequência de jogos após a volta — com empates contra Grêmio e Independiente del Valle e derrotas para Botafogo e São Paulo — evidenciou dificuldades táticas e físicas. Diniz reconhece o empenho dos jogadores, mas ressalta que as limitações do grupo são reflexo direto da falta de reforços e das ausências recentes.

“Contratar é difícil na situação do Vasco, a gente perdeu o Lucas Piton, o Coutinho e o GB, que tinha entrado bem. Então a gente está num momento em que precisa se juntar e trabalhar mais para ele passar”, avaliou o técnico, citando as baixas recentes e a necessidade de superação coletiva.
Segundo Diniz, o clube tentou a contratação do atacante Hinestroza, do Atlético Nacional, mas não houve avanço devido às exigências financeiras. Ele afirmou que outros nomes sondados também esbarraram em valores fora da realidade vascaína. “Tentamos outros extremos que estão fora do país, mas os valores: 10 milhões de euros, 12 milhões de euros, 8 milhões de euros. E a gente não tinha condição. Para a gente contratar, é mais difícil mesmo”.
Apesar das dificuldades, o treinador destacou que já conhecia a realidade do clube ao aceitar o cargo. “A gente está no mercado, espero que a gente consiga contratar, mas não vai chegar um monte de jogador aqui. Vocês sabem disso, não tem recurso financeiro. A gente vai acabar arriscando nas contratações”, declarou, referindo-se à estratégia adotada em casos como o do meia Nuno, que chegou sob pouca expectativa, mas se firmou no time.
Outro ponto abordado foi a relação com a torcida, especialmente após as vaias direcionadas ao zagueiro João Victor. Diniz defendeu o jogador, dizendo que ele tem características valiosas e que tem se mantido como titular sob diferentes comissões técnicas. “A torcida não quer vaiar o João Victor, ela quer vencer. Ele é bom jogador, não tá jogando só comigo. Está com todos os treinadores que passaram aqui”, afirmou.
O treinador também relembrou momentos recentes do clube, destacando que a cobrança da torcida está ligada a um histórico de insucessos. “O Vasco tem a história que tem por causa das conquistas que estão na história do clube. O que marca é título e vitória”, concluiu.
O próximo compromisso da equipe será no domingo (27), às 18h30 (horário de Brasília), diante do Internacional, no Beira-Rio, pela 15ª rodada da Série A. O Vasco soma 14 pontos em 14 partidas no campeonato.