Após um mês de paralisação devido ao calendário internacional, o Vasco voltou a campo com dificuldades para manter a regularidade e, como resultado, foi eliminado precocemente da Copa Sul-Americana. A equipe comandada por Fernando Diniz não conseguiu reverter a goleada sofrida no jogo de ida diante do Independiente Del Valle e deu adeus à competição após empate por 1 a 1 em São Januário.
Desde a retomada das competições, o time carioca acumula quatro partidas sem vitória, sendo dois empates e duas derrotas. Diante disso, o treinador vascaíno apontou fatores como a perda de jogadores importantes e a ausência de reforços como explicações para a queda de desempenho.
“O Vasco ficou por mais de 20 dias treinando durante a disputa do Mundial de Clubes da Fifa. A gente perdeu o Lucas Piton, o Coutinho e o GB, que tinha entrado bem. Então a gente está num momento em que precisa se juntar e trabalhar mais para ele passar”, declarou Diniz.
Apesar do esforço demonstrado em campo, o elenco não conseguiu transformar as oportunidades criadas em gols. O confronto contra o Del Valle, por exemplo, foi marcado por um bom volume ofensivo, mas baixa eficiência. O técnico destacou que o time criou diversas chances claras, mas não soube aproveitar: “Não dá para considerar que o gol foi uma chance criada. O cara errou a batida da falta, a bola veio abaixo, o cara se abaixou, antecipou no primeiro pau e a bola bateu na bochecha (da rede)”.

Dentro de campo, Tchê Tchê foi um dos jogadores mais ativos na partida de volta e, após o apito final, reconheceu a frustração pela eliminação. O meio-campista ressaltou o comprometimento do grupo, mas admitiu que faltou inspiração ofensiva.
“Nos mobilizamos para tentar conseguir a virada. Era difícil pelo resultado que tivemos lá. Não faltou entrega. Está faltando um pouco mais de inspiração para concretizarmos as chances em gol. Temos que pedir desculpas. A razão é da torcida, que compareceu, e não conseguimos nem vencer”, afirmou o jogador.
Durante a partida em São Januário, a insatisfação dos torcedores se manifestou em forma de vaias e protestos. O zagueiro João Victor, alvo de críticas apesar de ter dado a assistência para o gol, reagiu dizendo: “Não posso fazer nada”.
Enquanto isso, o ambiente interno do clube continua sendo um desafio para Diniz, que reconhece os limites do elenco e a dificuldade para contratações. Ainda assim, o técnico defende a postura da equipe: “Não é falta de treino, de dedicação. Essas coisas que a gente gosta de falar e a torcida quer, isso está tendo, só que a bola não entrou”.
Agora, o foco do Vasco se volta para o Campeonato Brasileiro. O próximo compromisso será no domingo (27 de julho), contra o Internacional, às 18h30 (horário de Brasília), no Beira-Rio. O time soma 14 pontos em 14 rodadas e busca se reequilibrar na competição nacional.