Após as derrotas para o Botafogo e para o Independiente del Valle, a diretoria do Vasco decidiu alterar o planejamento na janela de transferências do meio do ano. Inicialmente voltada à chegada de um atacante de lado, a prioridade agora inclui de forma clara a contratação de um zagueiro para reforçar o sistema defensivo.
Anteriormente, a comissão técnica e os dirigentes acreditavam que o setor estava suficientemente suprido com nomes como João Victor, Lucas Freitas, Mauricio Lemos e Luiz Gustavo. No entanto, o desempenho recente e o clima instável, especialmente com o defensor João Victor, provocaram a mudança de rota.
O zagueiro, inclusive, foi alvo de protestos da torcida e acusado de debochar de torcedores após uma visita ao CT.
Movimentações no mercado
Apesar das dificuldades financeiras, a diretoria vascaína já trabalha para viabilizar contratações sem custo de transferência, por meio de empréstimos ou acordos com jogadores livres. Essa política é considerada fundamental diante das restrições orçamentárias enfrentadas pelo clube.
Ainda que a chegada de um atacante siga no radar, a busca por um defensor passou a ocupar lugar prioritário entre as ações da cúpula do futebol.
A contratação de Thiago Mendes, que estava no futebol do Catar, foi oficializada na quinta-feira (17), mas seu perfil preenche apenas a lacuna no meio-campo. Já a procura por zagueiros continua em andamento, enquanto a diretoria monitora o mercado em busca de oportunidades compatíveis com a realidade financeira atual.
Reformulação e saídas previstas
Simultaneamente às tentativas de reforço, o clube trabalha para reduzir a folha salarial. Estão em avaliação as situações de atletas com contrato até dezembro, como Jair, Alex Teixeira, Puma Rodríguez e Paulinho. Além disso, o chileno Jean Meneses e o argentino Juan Sforza, que não corresponderam às expectativas, também podem ser negociados caso surjam propostas viáveis.
A reformulação do elenco visa tornar o grupo mais equilibrado e funcional para o técnico Fernando Diniz, que conta com o respaldo da diretoria nas decisões estratégicas. Para abrir espaço no orçamento, o clube admite até mesmo antecipar o fim de vínculos de jogadores que não conseguiram se firmar em São Januário.
Situação do elenco
A defesa é considerada o setor mais vulnerável da equipe, que sofreu 18 gols em 13 partidas no Campeonato Brasileiro. Com apenas a 16ª posição na tabela, a urgência por reforços se intensificou. Diante disso, o comando técnico solicitou atenção especial à zaga, apontada como o setor que mais precisa de melhorias imediatas.
Internamente, Fernando Diniz também pediu à diretoria a manutenção de peças como Philippe Coutinho e Léo Jardim, além da renovação do atacante Rayan. O jovem de 18 anos, revelado em São Januário, já teve seu contrato ampliado em abril até o fim de 2026.
Agora, o clube tenta um novo acordo, com reajuste salarial e aumento da multa rescisória, diante do interesse de clubes como Lyon, Sporting e Barcelona.
Expectativas e próximos passos
A diretoria admite que, caso não encontre no mercado um defensor que eleve o nível da equipe e esteja dentro do teto salarial, manterá a confiança no trabalho de Diniz com o elenco atual. Entretanto, a prioridade segue sendo a chegada de um zagueiro para resolver a instabilidade defensiva, especialmente em um momento de pressão por resultados e cobrança da torcida.


