Após o empate por 1 a 1 entre Vasco e Independiente del Valle, na noite de terça-feira (22), pela Copa Sul-Americana, uma confusão nos bastidores de São Januário resultou em graves acusações contra o vice-presidente de Relacionamento com a SAF do clube, Marcelo Macedo, mais conhecido como Tangerina.
O influenciador Krav Maroja, representante do canal “Eu Sou Vascaíno”, afirmou ter sido agredido fisicamente por Tangerina e outros quatro homens após a partida.
Influenciador detalha supostas agressões e registra boletim
Krav registrou boletim de ocorrência na 17ª Delegacia de Polícia alegando ameaças, lesão corporal e intimidação por parte do dirigente e seus acompanhantes. Segundo seu relato, tudo começou após ser abordado por Macedo por causa de postagens críticas nas redes sociais.
O influenciador afirma que o vice-presidente o imobilizou com um golpe no pescoço, o empurrou por mais de dez metros até um muro do estádio e ainda o prensou contra uma corrente de ferro.
“Depois de fazer várias ameaças, falar que sabe meu endereço, começou a me empurrar de um canto para o outro […] A gente estava debaixo da arquibancada e ele me levou até o muro de São Januário. Me prensou contra uma corrente, um muro, e falou ‘agora, o jurídico conversa com você’ e me agarrou”, relatou Krav.
Ele também denunciou ter levado chutes no joelho operado e tapas no peito, além de ouvir provocações como: “relaxa, que você não apanhou ainda”.
Imagens mostram tumulto; dirigente aparece tentando intervir
Vídeos de câmeras de segurança divulgados nas redes sociais exibem o tumulto em São Januário. Nas imagens, Krav aparece recebendo um chute e um soco de dois indivíduos distintos, que não são Marcelo Macedo. Ainda segundo consta, o vice-presidente aparece de camisa branca nas imagens, supostamente tentando afastar o influenciador da confusão.
Em sua defesa, Tangerina usou as redes sociais para se posicionar, negando qualquer agressão e classificando a acusação como “mentirosa”.
“Não houve qualquer tipo de agressão da minha parte. O vídeo mostra claramente que, quando a confusão aumenta, retiro o Krav da discussão para acalmar os ânimos. Agora, diante das mentiras que ele espalha, vou acionar a Justiça por calúnia e falso testemunho. Não vou permitir que distorçam os fatos nem que manchem minha reputação”, disse o dirigente em contato com o portal ge.
Presença de figuras ligadas à torcida organizada também é citada
No boletim de ocorrência, Krav apontou que um dos presentes na confusão seria Marcelinho, ex-presidente da maior torcida organizada do Vasco. O influenciador acredita que parte da abordagem se relaciona com críticas que ele vinha publicando contra a gestão e o desempenho esportivo da equipe.
Aliás, em vídeo publicado posteriormente, Krav reconheceu que exagerou em algumas postagens e pediu desculpas públicas pelas publicações ofensivas.
Membro da imprensa denuncia agressão e caso repercute
O jornalista Mario Coelho, que também cobre o clube, denunciou o episódio e revelou que o influenciador agredido faz parte de sua equipe. Ele descreveu a situação como um ataque covarde e brutal praticado por um dirigente da alta cúpula do Vasco, acompanhado de outros quatro homens.
“Hoje, após a coletiva, um membro do canal @EuSouVascaino_ foi brutalmente agredido por um membro da alta cúpula da diretoria do Vasco, junto com mais quatro pessoas. Neste momento, ele está na delegacia registrando a ocorrência”, escreveu Mario Coelho na rede X.
Torcedores se revoltam nas redes sociais
A repercussão nas redes sociais foi imediata. Diversos perfis cruz-maltinos criticaram duramente o episódio, ampliando ainda mais o clima de desgaste entre a diretoria e os torcedores. Comentários variaram entre indignação com a suposta violência até críticas à condução do futebol e aos constantes fracassos esportivos do clube.
“Esse time além de colecionar vergonha só vem desmotivando o torcedor… lamentável”, escreveu um torcedor.
Ambiente instável dentro e fora de campo
O episódio reforça o ambiente de tensão nos bastidores do Vasco. A eliminação precoce na Copa Sul-Americana frustrou os torcedores, que viram o clube não conseguir reverter a goleada por 4 a 0 sofrida na partida de ida. No jogo da volta, em São Januário, o empate em 1 a 1 decretou a eliminação cruz-maltina com um agregado de 5 a 1.
A queda encerrou a participação vascaína no torneio continental e aumentou a pressão sobre a diretoria, que enfrenta crescente cobrança por resultados e gestão.
