segunda-feira, dezembro 1, 2025
20.2 C
São Paulo

Vasco negocia usar estádio de rival durante reforma de São Januário

O Vasco está próximo de fechar um acordo com o Botafogo para utilizar o estádio Nilton Santos como casa provisória a partir do próximo semestre. A mudança temporária se dá em função da reforma de São Januário, prevista para durar cerca de três anos. A informação foi divulgada inicialmente pelo portal ge.

O uso do estádio alvinegro está condicionado à disponibilidade do local, que já abriga jogos do próprio Botafogo, além de receber eventos e shows durante o calendário anual.

Mesmo com essa limitação, a diretoria vascaína considera o Nilton Santos a principal opção para sediar as partidas como mandante enquanto São Januário passa por obras.

Etapa decisiva para modernização

A viabilização financeira da reforma avançou no início de outubro, quando o clube assinou, ao lado da Prefeitura do Rio, o termo definitivo de transferência do potencial construtivo do estádio.

São Januário
São Januário (Foto: Matheus Lima)

Com o documento, o Vasco obteve autorização para comercializar cerca de 250 mil m² desse direito com a empresa SOD Capital, que manifestou interesse em efetivar a compra. Estima-se que a negociação movimente aproximadamente R$ 500 milhões.

O que é o potencial construtivo?

O potencial construtivo corresponde à capacidade legal de construir em um terreno conforme as regras do plano diretor municipal. No caso do clube cruzmaltino, a legislação aprovada permite que essa permissão de construção seja transferida para outras áreas da cidade com maior infraestrutura, como a Barra da Tijuca e a Zona Norte.

Investidores adquirem esse direito para utilizá-lo em empreendimentos próprios, enquanto os recursos arrecadados são destinados exclusivamente à reforma do estádio.

Recursos com destino único

Segundo a legislação em vigor, o valor obtido com a venda do potencial construtivo deverá ser aplicado integralmente no projeto de modernização de São Januário.

O clube criará uma conta específica para gerenciar esses recursos, sob fiscalização da Prefeitura do Rio e também de órgãos internos do próprio Vasco. O regulamento proíbe o uso da verba para pagamento de dívidas, folha salarial ou qualquer outro fim que não esteja diretamente vinculado à execução das obras no estádio e em seu entorno.