O presidente do Vasco, Pedrinho, compareceu à Delegacia Antissequestro da Zona Sul do Rio de Janeiro na tarde de quinta-feira (14 de agosto), onde prestou depoimento em meio a uma investigação conduzida pela Polícia Civil. O procedimento teve início após o recebimento de denúncias anônimas que apontavam a existência de um plano para sequestrá-lo. A ameaça veio à tona no início do mês, quando Pedrinho foi comunicado pelas autoridades.
As denúncias foram encaminhadas ao Disque Denúncia entre os dias 28 de julho e 1º de agosto, e sugerem a participação de milicianos da Zona Oeste do Rio de Janeiro, mais precisamente de Bangu. Conforme os relatos, a ação criminosa poderia ocorrer até o dia 6 de agosto e envolveria a entrada de homens vestidos de terno em São Januário, supostamente com o auxílio de um membro da segurança do clube. A veracidade das informações, entretanto, ainda não foi confirmada pelas autoridades.
Após tomar conhecimento do conteúdo das denúncias, o dirigente vascaíno reforçou sua segurança pessoal tanto em compromissos diários quanto durante os jogos do clube. O protocolo de proteção foi seguido conforme orientação da Delegacia Antissequestro, responsável por conduzir o inquérito. A investigação segue sob sigilo.
Durante a saída da delegacia, Pedrinho falou à imprensa sobre o impacto emocional do caso. Segundo ele, a primeira reação foi de choque, especialmente por envolver sua família.
“Eu fui comunicado, procurado pelo DAS, fui informado pelo DAS sobre a denúncia. É lógico que, no primeiro momento, é um impacto forte. A gente fica preocupado principalmente pela questão familiar. Então a orientação do DAS foi para reforçar a segurança, para que abrisse uma investigação. Obviamente, isso foi feito. A preocupação existe, mas eu confio muito na justiça, eu confio na polícia. Se for um problema social, realmente já é muito grave”.
Pedrinho também considerou a possibilidade de a motivação estar relacionada ao ambiente esportivo, o que, em sua visão, agravaria ainda mais a situação.
“Se for um problema político ou de futebol, para mim é mais grave ainda. Por isso que a investigação tem que ir a fundo. Mas é um processo confidencial. […] Espero que seja o mais rápido possível a velocidade da investigação, para que eu possa seguir a minha vida de forma tranquila”.
Por fim, o dirigente expressou maior preocupação com os familiares, afirmando que pessoas em cargos de liderança costumam estar mais acostumadas com pressões.
“Me incomoda porque, se for direcionado para uma questão esportiva, a gente entra para fazer o melhor e nem sempre o melhor acontece. Isso não quer dizer que você tem que ter uma punição com a sua própria vida”.
Até o momento, a Polícia Civil não divulgou atualizações sobre a confirmação ou não das denúncias recebidas. O caso segue em andamento, com atenção especial dada à segurança do dirigente e das pessoas ao seu redor.