Revelado pelas categorias de base do Santos, Rodrygo acumula conquistas expressivas desde que chegou ao Real Madrid. Ao longo de seis temporadas, participou de 270 partidas, marcou 68 gols e contribuiu com 47 assistências. Conquistou títulos como a Champions League (duas vezes), o Mundial de Clubes (duas edições) e o Campeonato Espanhol (três vezes), entre outras taças de expressão.
Entretanto, apesar do histórico vitorioso, o atual momento do atacante brasileiro no clube espanhol é de indefinição. Prestes a retornar das férias, Rodrygo atravessa uma fase de baixa produtividade. O último gol com a camisa merengue aconteceu em 4 de março, diante do Atlético de Madrid, pelas oitavas da Champions League. Desde então, são quase cinco meses de jejum, o que acirrou rumores sobre uma possível saída.

A situação se agravou com a chegada de Xabi Alonso. Embora tenha sido titular na estreia do Mundial de Clubes contra o Al-Hilal, Rodrygo perdeu espaço nas partidas seguintes, sendo preterido por Arda Güler e até por Gonzalo. O jornal “Marca” foi categórico ao analisar esse cenário: “Rodrygo jogou 101 minutos, divididos em três partidas. Um fato que não mente e contrasta com as palavras de Xabi no início do torneio. ‘Rodrygo vai ser importante’, confessou o nativo de San Sebastián. Mas não foi”.
Ainda de acordo com a publicação espanhola, o retorno aos treinamentos, marcado para domingo (04 de agosto), pode ser decisivo. Está prevista uma reunião entre o jogador, o técnico e o presidente Florentino Pérez. Caso não haja entendimento sobre o seu papel na equipe, o clube estaria disposto a abrir mão da multa rescisória de mais de R$ 6 bilhões, fixando o valor de venda em cerca de 90 milhões de euros.
Clubes da Premier League, como Tottenham, Liverpool e Arsenal, monitoram a situação de perto, enquanto Chelsea e Bayern de Munique aparecem como opções menos prováveis. A tendência é que qualquer interessado tente negociar a redução do preço pedido pelo Real Madrid.
Embora Rodrygo ainda goze de prestígio interno, a imprensa espanhola destaca uma mudança no comportamento em campo. Conforme o “Marca”, “o brasileiro perdeu a garra que distingue os grandes jogadores. Um elemento tribal, inegociável no DNA do Real Madrid”.
Por fim, o próprio jornal resumiu a fase atual do jogador com uma metáfora carregada de incerteza: “Neste momento, o brasileiro continua vivendo entre parênteses, aguardando para decidir seus próximos passos”.