sábado, agosto 2, 2025
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Comissão de Arbitragem alerta goleiros que fazem cera: “o árbitro deverá…”

Comissão de Arbitragem endurece postura e prevê novas punições para atrasos na reposição de bola

A recente expulsão do goleiro Léo Jardim, do Vasco, por retardar a reposição de bola, reacendeu o debate sobre o combate ao antijogo no futebol brasileiro. O lance, que gerou polêmica entre torcedores e comentaristas, foi defendido pela Comissão de Arbitragem da CBF, que vê na medida uma aplicação direta das normas da Fifa.

Rodrigo Cintra, presidente da comissão, foi categórico ao afirmar que novas punições como essa podem se tornar mais frequentes, caso a conduta persista entre os atletas. Embora episódios semelhantes tenham ocorrido anteriormente, ele deixou claro que a decisão do árbitro Flávio Rodrigues de Souza seguiu o protocolo previsto na regra. Afinal, segundo Cintra, a insistência de Léo Jardim na demora foi interpretada como desafio à autoridade da arbitragem.

“A gente tem ali uma situação que é prevista no texto da regra, a orientação e recomendação da Fifa. No próprio Mundial, a Fifa proibiu demais o antijogo”, declarou Cintra ao justificar a atuação do árbitro no confronto válido pela última rodada do Brasileirão.

Para o dirigente, não se trata de uma diretriz nova ou excepcional da entidade que comanda o futebol nacional. Conforme destacou, a medida visa preservar o tempo efetivo de bola em jogo, um dos pontos mais discutidos atualmente no cenário internacional. “O torcedor paga para assistir ao jogo. Num jogo de 90 minutos, o árbitro tem que buscar sempre fazer com que o máximo de tempo de bola em jogo seja a premissa daquela partida”, pontuou o presidente da comissão.

Ainda segundo Cintra, a recomendação é que os árbitros sigam com rigor a aplicação das regras, sem abrir margem para comportamentos considerados antidesportivos. Dessa forma, casos de demora intencional para reinício da partida poderão, sim, resultar em expulsões, desde que configurado o desrespeito à autoridade ou à integridade da partida.

Embora tradicionalmente toleradas ou advertidas com cartões amarelos, atitudes como segurar a bola em excesso ou simular lesões estão cada vez mais sob vigilância. Nesse sentido, a postura adotada na última rodada é vista como indicativo de uma mudança de abordagem por parte da arbitragem brasileira, alinhando-se com as tendências internacionais.

Portanto, diante desse novo cenário, a expectativa é de que os jogadores adaptem sua conduta às exigências atuais. O objetivo, segundo a CBF, não é punir por punir, mas assegurar a fluidez e o respeito ao espírito do jogo.