Um veto presidencial relacionado a benefícios para policiais militares foi o estopim de um desentendimento entre deputados durante uma reunião fechada do PL. O episódio ocorreu após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva barrar medidas que favoreciam agentes da segurança pública, gerando forte reação interna no partido. Tais informações foram divulgadas pela revista Veja.
A deputada Coronel Fernanda saiu em defesa da categoria e exigiu respeito aos policiais, após o deputado Delegado Caveira se posicionar contra os benefícios. Segundo ele, é preciso evitar o que chamou de “auxílio puxa-saco”.
A troca de acusações elevou o tom da discussão, levando o líder do partido, deputado Sóstenes Cavalcante, a intervir com uma brincadeira polêmica: “Vou dar uma arma para cada um, um copo de água para cada, e quem puxar o gatilho primeiro resolve seu problema”.
Enquanto o clima esquentava no Brasil, o presidente Lula desembarcava no Canadá para participar da cúpula do G7, realizada na segunda-feira (16 de junho). Ao ser abordado por jornalistas, ele afirmou que o grupo das sete economias mais industrializadas do mundo não tem mais razão de existir. “O G20 é mais representativo”, declarou.
Lula ainda mencionou que o G7 seria uma reunião dos “primos ricos” e reforçou que tem comparecido ao encontro para evitar a imagem de quem recusa convites diplomáticos importantes. “Sou convidado desde 2003. Participo para não dizer que recuso a festa dos ricos”, afirmou. Apesar das críticas, Lula já participou de nove cúpulas do grupo.
Durante a entrevista, o presidente também comentou brevemente o conflito entre Israel e Irã, dizendo que qualquer confronto internacional o preocupa, pois é “um homem que nasceu pra paz”. No entanto, evitou responder a perguntas sobre o aumento do IOF e não comentou a movimentação legislativa que busca barrar o novo decreto do governo sobre o tema.