A má fase do Vasco dentro de campo tem gerado forte pressão da torcida, e o presidente Pedrinho voltou a se manifestar publicamente para responder aos questionamentos. Em entrevista coletiva concedida na quinta-feira (24), o dirigente reconheceu o momento difícil vivido pelo clube e reforçou o compromisso com o processo de reconstrução.
Anteriormente, o Vasco foi eliminado da Sul-Americana após empatar com o Independiente del Valle em São Januário. A partida, disputada na terça-feira (22), selou a desclassificação da equipe após a goleada sofrida no confronto de ida. Desde a pausa para o Mundial, o time entrou em campo quatro vezes e não conseguiu vencer, somando dois empates e duas derrotas.
Nesse contexto, Pedrinho afirmou que o comportamento da torcida expressa insatisfação com a atual gestão, embora ele defenda que sua administração é distinta das anteriores. Segundo ele, a proposta tem sido trabalhar de forma transparente e responsável, mesmo diante das dificuldades.
“Se você me perguntar, me entristeceu? Me entristece, todas as vezes que a torcida do Vasco me xingar vai me entristecer, e vai me machucar, porque eu sou vascaíno”.
Apesar das críticas, o presidente garantiu que o descontentamento não abalará sua dedicação. Pedrinho destacou que o objetivo maior é restabelecer a conexão entre clube, arquibancada e administração.
“Isso vai fazer com que eu pare de trabalhar? Não. Eu vou trabalhar ainda mais para que eu consiga reconquistar o torcedor. E não o Pedrinho reconquistar o torcedor, o clube de uma forma única ter uma conexão arquibancada, campo, gestão”.
O dirigente também fez questão de mostrar empatia com os torcedores, afirmando que os maus resultados incomodam igualmente a quem está nos bastidores do clube.
“Quero dizer ao torcedor vascaíno que os resultados também incomodam muito quem trabalha aqui. Ninguém está satisfeito com o que vem acontecendo. Estamos trabalhando duro — é o que nos resta fazer — para reverter essa situação”.
Na tentativa de manter a credibilidade da gestão, Pedrinho voltou a mencionar sua decisão de entrar com um pedido de recuperação judicial e comprometer seus bens pessoais, o que, segundo ele, evidencia o grau de comprometimento com o clube.
Além disso, pontuou que a pressão por resultados não pode ignorar o cenário financeiro. Atualmente, a dívida do Vasco é estimada em R$ 1,4 bilhão. O dirigente explicou que muitos dos desafios enfrentados envolvem a necessidade de equilibrar o fluxo de caixa sem comprometer os salários e obrigações.
Por fim, mesmo diante da instabilidade, Pedrinho reafirmou que sua meta é seguir com o processo de reconstrução. O presidente indicou que cada crítica será absorvida como parte do aprendizado, com foco na retomada do desempenho esportivo e no fortalecimento da ligação com a torcida.
