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CBF se posiciona após acusações de Gustavo Goméz do Palmeiras

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) respondeu oficialmente às declarações do zagueiro Gustavo Gómez, do Palmeiras, sobre o comportamento do árbitro Wilton Pereira Sampaio na partida contra o Flamengo, realizada no domingo (19), no Maracanã. As acusações, feitas ainda no gramado, levantaram questionamentos sobre a conduta da arbitragem e provocaram forte reação da entidade máxima do futebol nacional.

O episódio ganhou destaque após o defensor paraguaio alegar que o árbitro teria desligado o microfone do sistema de comunicação para direcionar palavras inadequadas a ele, o que intensificou o descontentamento do Palmeiras com a arbitragem do confronto. Além das críticas sobre três lances polêmicos da partida, o comportamento do árbitro se tornou mais um ponto de insatisfação do clube junto à Comissão de Arbitragem.

“Ele fechou o microfone para falar besteira para mim, mas eu que tenho código não vou falar o que ele falou para mim. Ele fechou o microfone, eu sempre fui respeitoso com ele, mas ele falou muita coisa para mim… Isso eu não vou falar porque tenho código, o que acontece em campo fica em campo, mas eu fico triste por isso. O que ele falou fica só para mim e para ele”, declarou Gómez após a partida.

A CBF, por sua vez, foi enfática ao rebater as acusações. Em nota divulgada após o ocorrido, a entidade afirmou que “a comunicação não foi desligada em nenhum momento” durante o jogo. Segundo a confederação, os árbitros não têm autorização para manusear o equipamento, função essa restrita aos técnicos da empresa Hawk Eye, responsável pela instalação e manutenção dos sistemas de áudio utilizados nas partidas.

Ainda conforme a entidade, qualquer interferência no sistema só poderia ser feita pelos técnicos da empresa terceirizada. Como exemplo, foi citado um momento do segundo tempo em que um assistente precisou de auxílio para ajustar o equipamento, o que resultou na paralisação da partida até a normalização do sistema.

A irritação da CBF com as acusações foi evidente, sobretudo diante do momento em que o Palmeiras manifesta publicamente insatisfação com a arbitragem. Segundo a entidade, as falas do zagueiro não condizem com o protocolo técnico em vigor e geram um ruído desnecessário no ambiente esportivo. Em resposta indireta, o diretor de futebol do Flamengo, José Boto, ironizou as reclamações: “Ficaram muito tempo calados, aí veio uma arbitragem normal e já estão reclamando?”.

Anteriormente, o Palmeiras já havia anunciado que levaria à CBF três lances do jogo considerados capitais. Entre eles, estão um possível pênalti em Gustavo Gómez e faltas de Pedro e Danilo em lances que antecederam gols do Flamengo. As imagens e áudios do VAR desses episódios já foram solicitados pela diretoria alviverde para análise da Comissão de Arbitragem.

Portanto, enquanto o clube paulista aguarda um posicionamento oficial sobre os lances reclamados, a acusação envolvendo o microfone se tornou um capítulo paralelo, com a CBF reiterando confiança na integridade dos procedimentos técnicos adotados durante as partidas.