Carlo Ancelotti, técnico da Seleção, participou do 2º Fórum Brasileiro de Treinadores de Futebol nesta terça-feira (04 de novembro) e afirmou que a percepção internacional sobre os treinadores do País precisa melhorar.
Na abertura do evento, ele defendeu a realização de mais encontros e o apoio da CBF à categoria. O fórum aconteceu na sede da confederação, que cedeu o espaço; a organização coube à Federação Brasileira de Treinadores de Futebol.
Ao tratar da escassez de brasileiros em clubes europeus, Ancelotti apresentou uma dúvida recorrente e pediu união entre os profissionais.
“Uma das primeiras coisas que escutei, e que não entendo, é por que o treinador brasileiro não pode treinar na Europa. Significa que a figura é um pouco fraca. Então, acho que é muito importante trabalharmos juntos, todos os treinadores, para que a Federação Brasileira dos Treinadores de Futebol seja ótima”.

O treinador relacionou a pauta a metas esportivas e a melhorias institucionais, como calendário, arbitragem, formação e infraestrutura.
“Meu objetivo primeiro é ganhar a Copa do Mundo, porque se não, não chamava a mim como treinador, chamavam outro. Mas o objetivo (da CBF) é melhorar o futebol brasileiro, no calendário, na arbitragem, na formação dos treinadores, melhorar o curso para os treinadores, fazer um curso mais organizado, melhorar a estrutura dos estádios. Então, temos uma CBF que precisa da ajuda, da opinião dos treinadores. A opinião dos treinadores é ainda mais respeitada se a Federação Brasileira de Treinadores for forte”.
Depois do discurso, Ancelotti permaneceu no palco para homenagens e enfrentou dois momentos de constrangimento. Emerson Leão afirmou não suportar a ideia de técnicos estrangeiros no Brasi: “quando o Ancelotti for embora, depois de ser campeão, ano que vem, que (a Seleção) volte a ter um treinador brasileiro”.


