O Corinthians enfrenta um cenário desafiador nos bastidores enquanto tenta estruturar seu elenco para a temporada de 2026. O principal obstáculo é o transfer ban imposto pela FIFA, em vigor desde agosto, em decorrência da dívida com o Santos Laguna, do México, pela contratação do zagueiro Félix Torres.
A diretoria corintiana ainda não quitou o valor pendente, estimado em cerca de R$ 40 milhões, o que tem dificultado consideravelmente as negociações por reforços. Embora o pagamento esteja previsto para dezembro, segundo promessa do presidente Osmar Stabile, a falta de garantia concreta impede avanços nas tratativas com atletas e empresários, que optam por negociar com clubes sem restrições vigentes.
Aliás, a situação atual afeta diretamente o planejamento traçado por Fabinho Soldado, mantido no cargo de executivo de futebol mesmo sob pressão interna. Conforme apurado, o dirigente entregou um relatório com diferentes cenários possíveis, a depender da liberação do clube para registrar novos atletas e da eventual classificação para a próxima edição da Libertadores.
Apesar do respaldo dado por Stabile, a permanência de Fabinho ainda é tema de discussões internas, sobretudo pelo alto salário e por ter sido contratado na gestão anterior, de Augusto Melo. Ainda assim, ele conta com boa avaliação no ambiente do CT Joaquim Grava e apoio do elenco profissional.
No campo, o Corinthians ocupa atualmente a 10ª posição no Campeonato Brasileiro e tenta manter o foco em campo enquanto lida com os entraves administrativos. Mesmo com a vitória sobre o Grêmio, os desafios extracampo seguem como prioridade no clube.
Questionado sobre os rumores envolvendo sua saída, Fabinho se pronunciou após a partida contra o Vitória: “Muito feliz de estar realizando esse trabalho apesar da dificuldade. A gente acompanha o que falam, mas eu sou um profissional do futebol (…) Tenho contrato com o Corinthians, vou cumprir, mas às vezes se fala coisas que não são verdadeiras”.
Durante esse mesmo pronunciamento, o dirigente cobrou estabilidade política interna para favorecer a evolução do clube. “A parte política precisa também colaborar para que o Corinthians continue crescendo. Essa é a intenção de todos nós, que amamos e trabalhamos pelo Corinthians”.
Por ora, o clube segue negociando sob limitações e aguarda a regularização de sua situação junto à FIFA para avançar de forma mais efetiva no mercado da bola. Afinal, a regularização da dívida com o Santos Laguna tornou-se um ponto central para o desenvolvimento do planejamento corintiano para o próximo ano.
