Após repercussão negativa envolvendo sua fala durante o 2º Fórum Brasileiro dos Treinadores de Futebol, realizado na última terça-feira (4), na sede da CBF, Oswaldo de Oliveira veio a público esclarecer sua posição.
Durante o evento, o treinador defendeu a presença de técnicos brasileiros no comando da seleção nacional, o que gerou incômodo nos bastidores da entidade e, segundo apuração da ESPN, também junto ao atual comandante da equipe, Carlo Ancelotti.
De acordo com Oswaldo, o problema não foi o conteúdo de sua fala, mas sim a forma como partes de seu discurso foram editadas e divulgadas. Em sua avaliação, houve má interpretação com intuito de criar conflito.
“O grande problema são as edições e principalmente as edições mal intencionadas. Fiz um discurso de 12 minutos, inclusive falei, porque ali era um evento de treinadores, e a pergunta que me foi feita foi sobre a situação atual do treinador brasileiro”.

“Eu sou defensor que os clubes e a seleção brasileira tenham treinadores brasileiros, eu defendi até o último momento, e falei, se tiver que vir um estrangeiro, que venha o Ancelotti, que é o melhor de todos, maior ganhador de títulos”, declarou.
Por fim, completou: “Espero que ele seja campeão da Copa do Mundo, e quando ele partir, outro brasileiro volte para o lugar dele. Espero que não haja uma edição agora do que eu estou dizendo, porque foi assim que eu falei. As pessoas precipitam, botam o que querem para criar polêmica. Foi isso que aconteceu”.
Defesa ao técnico atual e sugestão de nomes nacionais
Oswaldo de Oliveira também reforçou seu apoio à campanha de Ancelotti no comando da seleção, inclusive projetando que o técnico italiano possa levar o Brasil à conquista do hexa na Copa de 2026.
No entanto, fez questão de ressaltar que, após a saída do europeu, espera ver novamente um brasileiro à frente da equipe.
Questionado sobre possíveis substitutos, o treinador não hesitou: “Fernando Diniz. É o melhor de todos. Tem vários. Dorival Júnior é excelente, nós temos excelentes treinadores”, afirmou.
Os dois treinadores citados já passaram pela seleção recentemente. Ambos encerraram seus ciclos em meio a desempenhos irregulares e resultados abaixo da expectativa, incluindo a pior campanha da história do Brasil nas Eliminatórias Sul-Americanas.
Contexto da fala e reação na CBF
A fala de Oswaldo ocorreu durante um evento organizado para debater o cenário atual dos técnicos no país. No mesmo encontro, Emerson Leão também se posicionou de forma contrária à presença de estrangeiros em cargos de comando.
A reportagem da ESPN informou que Carlo Ancelotti demonstrou incômodo com o tom dos comentários, o que levou a CBF a atuar de forma interna para reduzir a tensão e evitar ruídos no relacionamento com o treinador italiano.
Posicionamento alinhado ao histórico
Oswaldo, que já comandou diversos clubes brasileiros e estrangeiros ao longo da carreira, reafirmou seu compromisso com a seleção nacional. Disse acompanhar a equipe desde 1958 e deixou claro que sua preocupação está ligada à valorização dos profissionais do país, sem desmerecer quem hoje está no comando.
“Claro que acredito (hexa com Ancelotti em 2026). Nós temos excelentes seleções: Espanha, Inglaterra, França, Argentina, Colômbia… são timaços! Tem mais da Europa, mais alguns, Portugal é um grande time, mas a seleção brasileira também é muito boa. O que precisa é que esses jogadores se afirmem como craques que eles são”, defendeu.


