A disputa judicial entre o Paris Saint-Germain e Kylian Mbappé ganhou novos contornos após audiência no Conselho de Prud’hommes, tribunal trabalhista francês, nessa segunda-feira (17).
O clube acusou o ex-jogador de ter agido com deslealdade nos meses finais de seu contrato, alegando que ele ocultou por quase um ano sua decisão de não renovar, o que teria impedido o PSG de negociar uma transferência.
O comunicado oficial do clube afirma que Mbappé rompeu compromissos contratuais e agiu de forma contrária aos princípios de boa-fé e lealdade. O PSG apresentou provas em juízo e cobra do atacante o valor de 240 milhões de euros — 180 milhões pela suposta quebra de palavra e 60 milhões por danos adicionais.
Por outro lado, Mbappé exige do clube 240 milhões de euros em salários, bônus não pagos e compensações. Ele também alegou ter sofrido assédio moral e pressão nos últimos meses em Paris, mas retirou essa acusação pouco antes de reencontrar a antiga equipe no Mundial de Clubes.

A diretoria parisiense negou qualquer irregularidade e destacou que o jogador participou de 94% dos jogos da temporada 2023/2024. Além disso, considerou “infundada” a tentativa de requalificação do contrato para prazo indeterminado, apontando que os termos seguiram as leis esportivas da França.
O clube encerrou o posicionamento reforçando que buscará reparação integral pelos prejuízos sofridos e defendeu os valores institucionais do PSG, alegando que sempre tentou resolver o impasse de forma amigável. O caso agora segue em tramitação judicial.


