O STJD suspendeu, na terça-feira (25 de novembro) o lateral-esquerdo Marlon, do Grêmio, por dois jogos, após críticas à arbitragem na derrota para o Bragantino, em outubro. A punição passa a valer a partir desta quarta-feira (26 de novembro).
As declarações ocorreram na saída de campo, depois de um pênalti marcado aos 56 minutos do segundo tempo por Lucas Casagrande. A decisão foi tomada após revisão no VAR à beira do campo, por toque no braço de Marlon.
Na ocasião, o jogador deu uma declaração com ares de revolta, criticando – e muito – os moldes do Campeonato Brasileiro e anão profissionalização da arbitragem. Em um momento, disse que o Grêmio estava sendo ‘categoricamente roubado’, e inclusive, ao fim do desabafo, pontuou sobre a possível punição que sofreria.
“Olha, o Grêmio-Football Porto Alegre está sendo categoricamente roubado, desde o começo do campeonato. A gente vive em uma liga onde você quer melhorar o calendário… A gente não tem nem profissionalização dos árbitros, né? A gente vem de anos de corrupção em uma federação que você não consegue legalizar as coisas, e isso tem muita influência direta no futebol”.
A denúncia inicial foi pelo artigo 243-F, de ofensa à honra, mas os auditores reclassificaram para o artigo 258, de condutas contrárias à ética desportiva. O zagueiro Walter Kannemann recebeu um jogo de suspensão, já cumprido. O Grêmio informou que buscará efeito suspensivo para Marlon.
No mesmo cenário, o diretor de futebol Guto Peixoto foi punido com 15 dias de suspensão, com base no artigo 258, §2º, II. No dia seguinte ao jogo, a CBF afastou o árbitro Lucas Casagrande e o árbitro de vídeo Gilberto Rodrigues Castro Junior.
