A repórter Duda Dalponte, da TV Globo, foi agredida por torcedores do Flamengo na tarde de quarta-feira (26), durante a cobertura do embarque no Aeroporto do Galeão, Zona Norte do Rio, rumo a Lima. O momento ocorreu ao vivo no Jornal Hoje, antes da final da Libertadores contra o Palmeiras neste sábado (29).
Nas imagens, torcedores invadiram o espaço da transmissão e puxaram repetidamente o cabelo da jornalista no “AeroFla”, com pelo menos três puxões. Mesmo constrangida, ela manteve a entrada no ar enquanto conversava com o apresentador Roberto Kovalick. O registro viralizou nas redes, e a Globo repudiou “qualquer forma de violência”, manifestando indignação e se solidarizando com a profissional.
Horas depois, Duda se manifestou em vídeo publicado nas redes sociais e detalhou o que aconteceu durante a entrada ao vivo.
“Normalmente essas coberturas com torcidas são bem cansativas, mas hoje foi ainda mais por conta do episódio que aconteceu. Eu estava entrando ao vivo pra Globo e puxaram meu cabelo. Da primeira vez, achei que tinha sido sem querer. A gente está acostumado a fazer essas coisas com torcida, às vezes tem empurra-empurra, muvuca, o que é normal. Na segunda vez, entendi que foi proposital, e na terceira, virei pra tentar entender o que estava fazendo, achar quem estava fazendo aquilo”.
“A gente tá muito acostumado a fazer essas coberturas com torcida, é algo super normal. Pré-jogo em estádio, esses deslocamentos de aeroporto, e a gente sempre tenta achar um lugar mais seguro possível dentro daquela situação, a gente já vai mais preparado psicologicamente, sabendo que vamos ter que lidar com muita gente empolgada, fazendo festa. Vai ter tumulto, é normal. Já levei bebida, tinta, tudo isso é do jogo. Mas tem algumas coisas que não são brincadeira. Tem algumas coisas que são agressão, e o que aconteceu foi uma agressão”, desabafou.

“Eu tô bem, gosto muito de fazer isso, continuarei fazendo isso e espero de verdade que esses torcedores sem noção, que eu não sei nem se a gente pode chamar de torcedores, tenham vergonha de fazer essas coisas”.
Duda ainda afirmou que, no momento do ocorrido, tentou encontrar o responsável pelos puxões e até conversou com outros torcedores, mas não identificaram o autor das agressões.


