Jürgen Klopp voltou a abordar o Liverpool e admitiu uma possibilidade teórica de retorno. Em entrevista ao podcast The Diary Of A CEO, o alemão falou sobre o futuro e a rotina fora do banco. Ele deixou o clube em julho de 2024, após quase nove anos no comando.
Hoje diretor global de futebol do Grupo Red Bull, Klopp disse que a promessa de não treinar outro time inglês não excluiria um reencontro com os Reds. Em seguida, ele detalhou como enxerga o trabalho atual e a vida longe das coletivas.
“Eu disse que nunca mais treinaria outro time na Inglaterra, o que significa que, se for o Liverpool, em teoria é possível. Não sei ao certo, mas amo o que faço agora. Não sinto falta de treinar, ainda treino agora, mas de uma forma diferente. Não sinto falta de ir às coletivas de imprensa três vezes por semana, dar 12 entrevistas por semana.”
As declarações surgem em um momento de oscilação do time. O Liverpool, comandado por Arne Slot, vem de derrota para o Manchester United, por 2 a 1, em Anfield. No domingo (19), a distância para o líder Arsenal subiu para quatro pontos na Premier League. O próximo compromisso do Liverpool é na quarta-feira, às 16 horas (horário de Brasília), diante do Eintracht Frankfurt (ALE), fora de casa, pela Liga dos Campeões da Europa.

Klopp afirmou que conversou com Slot no início do trabalho do holandês e defendeu paciência com o processo. Para o ex-técnico, a janela de transferências recente traz impactos naturais.
“Mudanças sempre têm um impacto e sempre precisam de tempo. Se ele mantivesse exatamente o mesmo time da última temporada, com Darwin Núñez e Luis Díaz ainda lá, por exemplo, e eles começassem a jogar e tivessem problema… [as pessoas diriam] ‘precisávamos de mudança’.”
“Agora os novos jogadores estão lá e são realmente bons, mas não está dando certo no momento. O desenvolvimento leva tempo, ninguém pode mudar isso, as pessoas precisam de tempo para se adaptar a certas coisas. Está tudo bem.”
Ele também relembrou quando esteve no radar do Manchester United para substituir Sir Alex Ferguson, anos antes de assinar com o Liverpool, período em que comandava o Borussia Dortmund.
“Houve alguns motivos (para recusar). As pessoas na conversa me disseram coisas que não gostei. United é tão grande. “Contratamos todos os jogadores que queremos”… Não era o meu projeto. Era o momento errado mas, acima disso, não era meu projeto. Não queria trazer de volta, sei lá, Pogba. Paul (Pogba) é um jogador sensacional, mas essas coisas não costumam funcionar. Ou Cristiano (Ronaldo). Sabemos que, junto com Messi, é o melhor jogador do mundo, mas trazer de volta nunca ajuda”.


