A conquista inédita do Atlético-MG no Campeonato Brasileiro Sub-17, no sábado (18 de outubro), teve como palco a Arena MRV, onde o time venceu o Grêmio por 3 a 0 no tempo regulamentar e levou a melhor nos pênaltis. O título, no entanto, acabou sendo ofuscado por uma polêmica envolvendo a cerimônia de premiação.
Durante a celebração, serpentinas e confetes na cor azul foram disparados no momento em que os jovens atletas do Galo levantavam a taça. A escolha das cores gerou forte reação entre os torcedores, afinal, o azul é associado tanto ao Grêmio — adversário derrotado — quanto ao maior rival do clube mineiro, o Cruzeiro.
A repercussão negativa foi imediata nas redes sociais. Torcedores do Atlético expressaram indignação e cobraram explicações da organização. Além disso, diversos memes circularam na internet, enquanto rivais ironizavam o episódio. Muitos chegaram a questionar se a CBF teria se antecipado a um eventual título gremista, uma vez que os gaúchos haviam vencido o jogo de ida por 4 a 1 em Porto Alegre.
Diante da controvérsia, a CBF divulgou uma nota oficial ao Atlético-MG, pedindo desculpas formais. A entidade justificou que as cores utilizadas na premiação fazem parte da identidade visual do torneio. “Em nenhum momento a opção decorreu de qualquer associação às cores de uma das equipes finalistas e nem muito menos a de um eventual rival local”, esclareceu o comunicado.
A confederação também destacou a importância do feito atleticano. “A CBF parabeniza o grande feito do Atlético Mineiro, que, devido ao seu desempenho esportivo de excelência, obteve o título em uma das partidas mais emocionantes dos últimos tempos e um marco histórico para o clube, por ter sido o primeiro título conquistado na Arena MRV”, registrou a entidade.
Em outra parte da nota, a CBF garantiu que irá revisar os procedimentos internos relacionados à organização das cerimônias. “Lamentamos pelo fato ocorrido e registramos nosso pedido formal de desculpas. Vamos reforçar todos os procedimentos, inclusive com os prestadores de serviços terceirizados, para implementar melhorias e evitar novos episódios de desconforto”, pontuou a confederação.
Apesar do constrangimento, o título permanece como marco relevante para o clube. O Galinho alcançou o resultado com gols de Cauã Soares (duas vezes) e Ronaldo, este último nos acréscimos, levando a decisão para os pênaltis. O goleiro Kaio Assis brilhou ao defender uma cobrança e garantir o placar de 4 a 2 nas penalidades, assegurando o troféu inédito ao Atlético-MG na categoria.
