Os destaques do dia no Botafogo passam por memória, saúde do elenco e desempenho em campo: a aproximação do primeiro aniversário do histórico título da Libertadores de 2024 reacendeu a conexão com Luiz Henrique; o clube avançou na recuperação de Álvaro Montoro e Jordan Barrera para a reta final do Brasileirão; e a vitória por 3 a 0 no clássico contra o Vasco veio acompanhada da leitura tática de Alex Telles sobre a joia cruzmaltina Rayan.
Um ano da Libertadores e a conexão de Luiz Henrique
No próximo domingo (30 de novembro), o Botafogo completa um ano da conquista da Libertadores de 2024 — vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, no Monumental de Núñez, conquistada com um jogador a menos e respaldada por uma massa alvinegra de quase 40 mil torcedores, diante de cerca de 26 mil atleticanos, no primeiro mosaico feito pela torcida fora do Brasil. Um dos heróis daquela campanha, Luiz Henrique, hoje no Zenit, segue ligado ao clube e à torcida, laço que ganhou cor com o mural inaugurado neste mês no Nilton Santos, entre os setores Oeste e Sul, perto da rampa da Estação Olímpica, que virou atração no clássico do dia 5 contra o Vasco.
“Foi um orgulho fazer parte da família Botafogo. Era uma família mesmo, todos se preocupavam uns com os outros. Foi o momento mais feliz da minha carreira, quando pude desfrutar com todos os jogadores e a torcida, que merecia muito voltar a sorrir e a comemorar um título”.
Idealizado e executado pela artista Nathalia Machado, moradora da região, o mural repercutiu nas redes — Luiz Henrique agradeceu e elogiou publicamente. Eleito Rei da América em 2024 e presente entre os 22 atacantes do Fifa The Best, o atacante soma três gols e três assistências em 27 jogos pelo Zenit, estendendo a própria narrativa de ascensão que começou com a camisa alvinegra.
“Escolhi o Luiz Henrique por todo carinho que a torcida tem pelo jogador, por ter conquistado a Libertadores e o Brasileiro com todo time. Foi fundamental”.
Montoro e Barrera avançam na recuperação
O Botafogo divulgou imagens do treino desta sexta-feira (7) e confirmou avanço na recuperação de Álvaro Montoro e Jordan Barrera. Ambos iniciaram a transição física com trabalhos em campo — ainda separados do elenco — após lesões sofridas durante a Copa do Mundo Sub-20.
Montoro, meia-atacante argentino, fraturou a clavícula direita nas oitavas contra a Nigéria, passou por cirurgia e realizou parte da reabilitação ao lado da família em seu país. De volta ao Rio, já participa de atividades no gramado com proteção na área afetada. Antes do trauma, vinha em alta com Davide Ancelotti e se consolidou na seleção argentina Sub-20, titular com a camisa 10 sob Diego Placente.
O colombiano Jordan Barrera também entrou em fase de transição. O atacante teve lesão na parte posterior da coxa esquerda durante a vitória sobre a Espanha, nas quartas do Mundial, foi cortado do torneio e iniciou tratamento ao retornar ao clube.
A expectativa é contar com ambos nas últimas rodadas do Brasileirão, reforçando o setor ofensivo em meio a uma sequência de partidas decisivas marcada por ausências por lesão e suspensão. Com 51 pontos e na sexta colocação, o Botafogo busca consolidar a vaga para a Libertadores de 2026; o próximo compromisso é domingo (9), às 18h30, fora de casa, contra o Vitória, pela 33ª rodada.
Clássico e a leitura de Alex Telles sobre Rayan
O Botafogo venceu o Vasco por 3 a 0, na última quarta (5), no Nilton Santos, com Alex Telles abrindo o placar. O resultado manteve o time no G-6, ampliou a invencibilidade para quatro jogos e marcou a primeira vez, desde 2003, em que o clube venceu os dois confrontos do Brasileirão — no primeiro turno, havia feito 2 a 0. Na sequência, o Alvinegro visita o Vitória no domingo (9), às 16h (de Brasília), enquanto o Vasco recebe o Juventude no sábado (8), às 18h.
“É um jogador que, pra mim, é nível de Seleção Brasileira. Tá muito bem, merece estar onde está, está em constante evolução. Até falei com ele durante o jogo, que ele é um cara muito rápido, um cara que desequilibra”.
Em campo, Telles relatou ter ajustado sua função para reduzir os espaços de Rayan e quebrar o ritmo dos contra-ataques rivais — uma resposta que combinou leitura de jogo e plano de treino, e que obrigou o jovem vascaíno a recuar mais, longe do gol alvinegro, diminuindo o impacto do seu principal escape.
“Pra mim de uma certa forma é um jogo diferente, porque tenho que estar mais atento a isso. E com a experiência obviamente, eu estando mais a frente faz com que ele possa estar mais longe do nosso gol, voltando mais pra me marcar. Isso acaba dificultando o jogo dele. A gente sabe que ele é um excelente escape do Vasco, então isso também foi treinado, foi pensado”.
