Nesta quarta-feira (22 de outubro), o presidente da Fifa, Gianni Infantino, condenou o caso de racismo no duelo Manthiqueira x Corinthians, pelo Paulista sub-12, em Guaratinguetá.
O episódio ocorreu no domingo (19 de outubro). Um jogador de 12 anos relatou insultos raciais vindos da arquibancada, e a Polícia Militar prendeu uma mulher de 41 anos em flagrante por injúria racial; segundo o boletim de ocorrência, um gandula confirmou a agressão verbal, segundo o boletim de ocorrência. O caso segue sob investigação da Polícia Civil e tramita em segredo de justiça, mas a mulher teve a liberdade provisória concedida.
A FPF repudiou o caso, e Manthiqueira e Corinthians se manifestaram nas redes sociais. Em publicação nas redes sociais, Infantino expressou sua reação ao episódio.
“Estou enojado por saber que um jogador de 12 anos da Academia Desportiva Manthiqueira sofreu ofensas racistas de uma torcedora durante uma partida do Campeonato Paulista Sub-12 contra o SC Corinthians Paulista em São Paulo, Brasil”.
Segundo o presidente da Fifa, o árbitro aplicou o gesto da campanha ‘No Racism’ para interromper o jogo, e ele defendeu punições a atos discriminatórios.
“Eu continuarei sendo muito direto a esse respeito: o racismo e a discriminação não são apenas erros – são crimes. Todos os incidentes de racismo, seja nos estádios ou online, devem ser devidamente punidos tanto pelo futebol quanto por toda a sociedade. A Fifa, incluindo o seu Players’ Voice Panel (Painel A Voz dos Jogadores), continuará a trabalhar incansavelmente no Posicionamento Global Contra o Racismo para assegurar um impacto duradouro e responsável tanto dentro quanto fora de campo”.
Após o ocorrido, a mãe do atleta divulgou uma carta aberta e classificou o episódio como “inaceitável”. Ela relatou ofensas também em jogos anteriores. “Isso foi inaceitável, não se trata de uma simples ofensa, se trata de uma violência que fere a dignidade, destrói a inocência e deixam marcas que o tempo dificilmente apaga.”
