sábado, novembro 1, 2025
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Membro importante do Corinthians pede demissão do clube

A saída de André Jorge do Corinthians representa mais um capítulo conturbado na gestão do departamento médico do clube em 2025. Contratado em janeiro de 2024 durante a gestão de Augusto Melo, o médico foi promovido à chefia do setor em maio deste ano, após o desligamento da Dra. Ana Carolina Cortê. Contudo, sua permanência na liderança durou apenas cinco meses.

O desligamento aconteceu na sexta-feira (17 de outubro), em meio a críticas públicas, alegações de interferência política e desgaste interno com a atual diretoria. André afirmou que a decisão foi motivada por falta de respaldo e por mudanças realizadas sem seu conhecimento. Em setembro, o presidente Osmar Stabile teria nomeado Ricardo Galotti, ex-São Paulo, para substituí-lo na chefia do setor. A mudança, segundo André, foi conduzida de forma sigilosa, inclusive sem o conhecimento do executivo de futebol Fabinho Soldado.

“O presidente Osmar entrou e contratou o médico do São Paulo (Ricardo Galotti) para assumir o meu lugar. Eu pedi demissão naquele dia porque foi tudo escondido, até mesmo do Fabinho”, declarou André Jorge ao ‘ge‘.

Ainda segundo o médico, a situação se agravou nas semanas seguintes. “De lá para cá, tem acontecido algumas coisas para me minar, alguns desmandos do meu trabalho”, disse. Ele também reclamou da falta de renovação contratual e da justificativa financeira dada pelo clube. Após receber negativas do presidente, André decidiu formalizar seu desligamento. “O Osmar não sabe absolutamente nada de futebol. Quem mantém o clube é o Fabinho”, completou.

André Jorge, ex-chefe do departamento médico do Corinthians (Foto: Rodrigo Coca/ Agência Corinthians)

A turbulência no departamento médico ocorre em meio a um ano de recorrentes lesões no elenco. O Corinthians foi criticado por não conseguir manter uma sequência de jogadores como Yuri Alberto, Rodrigo Garro e Memphis Depay. Apesar disso, no momento da saída de André, apenas Vitinho estava em tratamento, por conta de uma lesão no menisco do joelho direito.

Com a saída de André Jorge, o setor médico passa a contar com os profissionais Ricardo Galotti, Eures Facci e João Marcelo. A nomeação de Galotti para o posto de liderança indica uma mudança de postura por parte da direção alvinegra, que tem enfrentado cobranças da torcida e pressão interna por melhores resultados e transparência nas decisões.

O cenário ilustra não apenas o impacto das lesões em campo, mas também a instabilidade nos bastidores, sobretudo no relacionamento entre dirigentes e profissionais técnicos, o que tem influenciado o ambiente no Parque São Jorge.