O presidente do Talleres, Andrés Fassi, criticou o Corinthians pela falta de pagamento na compra de Rodrigo Garro. O caso está em análise no TAS, e a Fifa já condenou o clube paulista na disputa. A cobrança expõe impacto financeiro para o time argentino.
Segundo decisão anterior da Fifa, o Corinthians deve pagar US$ 3.612.000 (R$ 19,5 milhões) mais juros de mora pela transferência, mas não há data oficial para sentença. Em entrevista ao UOL, Fassi relatou confiança inicial no acordo e disse que o não pagamento afetou receitas do Talleres.
“Confiamos na estrutura do Corinthians, que é uma grande instituição. Pela necessidade do jogador de sair, aceitamos vendê-lo por um valor razoável e em parcelas, confiando que estávamos negociando com uma entidade séria. O Talleres depende do cumprimento das nossas receitas para poder cumprir com os demais, e 40% dessas receitas dependem dessa venda.
O Corinthians nos causou um grande prejuízo porque perdemos um jogador e não recebemos. Cumprimos com todos e fomos prejudicados. Por isso, tínhamos o Corinthians como uma instituição muito séria e dói muito que isso tenha acontecido”.
Em entrevista à ‘ESPN’, o dirigente reforçou a cobrança e citou o valor devido em dólares.
“(O Corinthians) Nos deve mais de 5 milhões de dólares. Eles têm que pagar. Compraram nosso melhor jogador e não nos pagaram. Sempre que você vende (um jogador), faz com expectativa de receber, não de ir para a Fifa ou TAS. Vendemos pensando que era um clube sério”.
Na segunda-feira (20 de outubro), o Corinthians recebeu transfer ban por dever R$ 780 mil ao Cuiabá pela compra de Raniele. Em agosto, a Fifa puniu o clube por dívida estimada em R$ 40 milhões com o Santos Laguna, pela compra de Félix Torres. Em setembro, o CAS condenou o Corinthians a pagar R$ 40,4 milhões a Matías Rojas. A Fifa havia condenado o clube em junho de 2024, e o CAS referendou a decisão.
Outra pendência envolve 1 milhão de euros com o Shakhtar pelo empréstimo de Maycon. Em junho, a Fifa determinou o pagamento, e o CAS ainda não julgou o caso. Em julho, o clube registrou déficit acumulado de R$ 103,1 milhões. A dívida bruta alcançou R$ 2,7 bilhões.
