A relação entre Cruzeiro e Mineirão está prestes a ganhar novos contornos. O clube celeste encaminha a renovação do contrato com a Minas Arena, empresa responsável pela administração do estádio, e já projeta ajustes importantes nas cláusulas do acordo vigente.
Embora o vínculo atual garanta a utilização do Mineirão como casa oficial da equipe, a diretoria reconhece que os termos operacionais e financeiros atuais não atendem mais às exigências da Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Segundo Pedro Junio, vice-presidente executivo do Cruzeiro, os altos custos para atuar no Mineirão representam um desafio constante para a gestão. “Hoje os nossos custos operacionais do estádio são muito altos, mas a gente não abre mão de jogar na casa do Cruzeiro”, afirmou o dirigente. A declaração evidencia o esforço do clube em manter o estádio como patrimônio simbólico da torcida, sem abrir mão da responsabilidade financeira.
Nesse sentido, a reformulação do contrato busca proporcionar maior autonomia ao Cruzeiro nas decisões relacionadas ao uso do espaço. Entre os pontos em negociação, estão uma divisão mais equilibrada das receitas de bilheteria e consumo, além de flexibilidade na escolha de datas e eventos. A expectativa é que o novo acordo seja oficializado ainda no segundo semestre de 2025.
O planejamento atual está alinhado ao modelo de SAF, que exige uma operação mais eficiente e voltada à sustentabilidade. Para Pedro Junio, a modernização do contrato será decisiva para que o clube se torne mais rentável nos jogos em casa. “A gente vai fazer de tudo para ter um contrato melhor, para o Cruzeiro ser mais rentável dentro do Mineirão”, declarou.
Atualmente, as conversas entre clube e concessionária estão em estágio avançado. A diretoria vê na renegociação uma oportunidade não apenas de manter o vínculo afetivo com o estádio, mas também de adequar-se aos novos padrões de gestão do futebol brasileiro.